Humor Brasileiro

A Velha Surda

Velha Surda 2

A Velha Surda de A Praça da Alegria, de Manoel de Nóbrega, e de A Praça é Nossa, de Carlos Alberto de Nóbrega, é um dos personagens mais emblemáticos do humor brasileiro.
Mas o que poucos sabem é que, antes de ser uma velha surda, o personagem era um velho surdo. Sim, no início dos anos 60, Manoel de Nóbrega criou um personagem: um velho que ouvia muito mal e, por isso, trocava o contexto de tudo o que ouvia, entendo absurdos através de palavras com a mesma sonoridade.
O personagem foi dado a um jovem ator chamado Rony Rios (Ronald Leite Rio 1936-2001). Entretanto, ao ensaiar, Rony perguntou se poderia, em vez de um velho, fazer uma velha. e mostrou a voz em falsete do personagem. O velho Nóbrega, sensível como sempre, só perguntou uma coisa: você consegue fazer essa voz assim fina durante todo o quadro? Rony disse que sim e isso foi o bastante para Manoel.
Foi Rony Rios quem compôs a figura da personagem à qual ele jamais abandonou: a saia preta, a blusinha de babado sempre fechada até a gola, a peruca com o coque, o guarda-chuva. Surgia, então, Bizantina Scatamacchia Pinto, viúva do Clementino.
De início, a vítima da velha surda era o próprio Nóbrega, mas depois passou a ser um frequentador da praça vivido por Viana Jr. (Sérgio Von Putkammer 1941-2010) a quem a velha passou a chamar de Apolônio.
A personagem da velhinha ficou no ar até o ano 2000. Em toda a sua existência, a Velha Surda contracenou com várias personalidades, todas fazendo questão de curtir os absurdos que ela ouvia. Dentre as inúmeras vítimas da Velha Surda estão Roberto Carlos, Ronnie Von, Angélica, Hebe Camargo, Telê Santana, Sidney Magal, Fat Family e muitos outros.
Clique no vídeo abaixo e assista a um quadro da Velha Surda em A Praça É Nossa de 1990.

 

FacebookTwitterGoogle+

Stuart, o aloprado

00 Walter_Stuart1

Nome completo: Walter Canalles
Nascimento 27/07/1922 – Birigui – SP
Falecimento 11/02/1999 – São Paulo – SP 


O humor estava no sangue de Walter Stuart, que era primo-irmão de Oscarito, um dos maiores nomes do humor no cinema brasileiro. Nascera numa família dona de um circo, o Circo Canalles. Durante quase 30 anos Walter acompanhou a família na vida circense até que seu pai resolveu vender o circo e ir para São Paulo. Motivo: havia sido inaugurada a primeira emissora de televisão no Brasil, a TV Tupi de São Paulo. 
A Tupi contratou não apenas Walter, mas a família Canalles inteira: seu pai e sua mãe; seus irmãos, Cathy e Henrique, e até seu filho Adriano, ainda um garoto. O teste fora feito por Oduvaldo Viana. Todos foram contratados como atores, menos Walter e seu irmão Henrique. Ambos foram transformados em diretor de estúdio, uma função de grande importância na época. Criativo e inquieto, Walter não demorou a começar também a representar. Foi mestre de cerimônias do Circo Bom-Bril.

Walter Stuart - 1957

Walter Stuart – 1957

Em 1954 criou A Bola do Dia, apresentado por ele e o ator David Netto. A Bola do Dia era pouco mais que uma piada encenada focalizando um assunto do cotidiano. O programa, que estava sempre em cima da atualidade, tinha apenas cinco minutos de duração, mas era sucesso absoluto, resultando em comentários no dia seguinte. Permaneceu no ar por 10 anos.

Walter Stuart e David Neto

Walter Stuart e David Neto Livro TV Tupi – Coleção Aplauso

Criou outros programas de muito sucesso, tais como Olindo Topa Tudo, que era feito sempre em externas.

Revista 7 ?Dias na TV1957

Revista 7 ?Dias na TV1957

Olindo Topa Tudo era um programa ao vivo, que, pelo nome já dá pra perceber que era uma bagunça total. Na mesma época, a Tupi de São Paulo apresentava, também ao vivo, o seriado O Falcão Negro, com José Parisi, que era aventuras de capa e espada, o maior sucesso do momento. Stuart morava a duas quadras da emissora. Logo, vivia lá mesmo que não tivesse o que fazer. Certo dia, durante um episódio de Falcão Negro, AO VIVO, José Parisi foi surpreendido por alguém que batia à porta. Aquilo não estava programado. Estranhou, mas abriu a porta. E Parisi, com roupas de época, deu que cara com quem? Com Stuart, de roupas normais, com um papel na mão. Stuart com seu cinismo habitual:
— Sua graça, por favor?
— Falcão Negro, disse Parisi, espumando de raiva.
— Telegrama para vossa pessoa.
Stuart entregou o papel e foi embora. Parisi ficou possesso. Quando o programa terminou, ele nem se trocou. Saiu de Falcão Negro pela rua e foi até a famosa Padaria Real, ponto de encontro dos artistas da TV Tupi. E lá estava o Stuart tomando seu café tranquilamente. Não fosse a turma do deixa-disso e Parisi teria dado uma surra em Stuart. Parisi saiu dali jurando vingança. Passam-se alguns meses. UM dia, Stuart está encenando Olindo Topa tudo, AO VIVO, quando alguém bate à porta, algo fora do script. Stuart abre. Era o Parisi de Falcão Negro com um papel na mão.
— Seo Olindo Topo Tudo? – disse ele, sorridente.
Mas para surpresa, a resposta de Stuart foi:
— Não, o Olindo não mora mais aqui. Algum recado pra ele?
Sem saber o que dizer, Parisi entregou o papel já amassado de tanta raiva.
— Sim, entregue esse telegrama pra ele.
Foi então que Stuart saiu-se com essa:
— Pois não,. Sua graça, por favor?
— Falcão Negro, disse novamente espumando de raiva.
— Hum, e como é que o senhor pode trazer um telegrama se na sua época o telegrama ainda não foi nem inventado?
Parisi disse “não sei” e foi embora batendo a porta fazendo balançar o cenário todo.
Já em TV Stuart Canal 0 ele parodiava e satirizava o meio circense, que tanto conhecia.

Revista Intervalo 1964

Revista Intervalo 1964

Outra grande criação de Stuart foi “Vai Graxa, Dotô?”, programa em que ele  interpretava um engraxate negro que atendia ilustres clientes – políticos, em sua maioria –, fazendo uma divertida entrevista.

Governador Adhemar de Barros e Walter Stuart - 1962

Governador Adhemar de Barros e Walter Stuart – 1962

WalterStuart2

Na TV Record – Walter Stuart tendo à sua esquerda Sílvio Luiz

Participou de vários programas, trazendo ao palco toda a sua experiência circense. Eram esquetes que quase não possuíam falas e Stuart muitas vezes atuava sozinho. Era comum vê-lo escalar uma parede de quatro ou cinco metros de altura para pendurar uma simples faixa e, de repente, despencar do alto. Ou então destruir um cenário inteiro na tentativa de matar um mosquito que não o deixava dormir.
Relembre Walter Stuart no programa Praça da Alegria, na Tv Tupi, em 1974, contracenando com Manoel de Nóbrega e Durval de Souza. 

Foram inúmeras as vezes em que se machucou em cena até com certa seriedade. E, por vezes, acabava também machucando algum colega. Ficava triste, mas na semana seguinte o fato tornava a se repetir.
Segundo Adriano Stuart (Adriano Roberto Canales 1944-2012), seu filho e também ator/diretor, Walter Stuart atuava 24 horas por dia, dentro e fora da televisão. Certa vez, foi em viagem para captar imagens de Olindo Topa Tudo no Alto Xingu, a convite do sertanista Orlando Villas Boas. Na selva, Stuart fingiu que ia bater no diretor Luiz Gallon, mas os índios levaram a sério a brincadeira e acabaram por atirá-lo no rio.
Walter Stuart fez também novelas e filmes. Um de seus últimos trabalhos em tevê foi interpretar um amalucado dono de bar, contracenando com Carlos Alberto de Nóbrega, em A Praça É Nossa, no SBT. 
Em 1999, já afastado do meio artístico, veio a falecer depois de travar uma luta contra um câncer no pâncreas durante oito meses.
Walter Stuart foi, talvez, o mais imprevisível comediante e humorista de televisão brasileira.

PRINCIPAIS TRABALHOS EM HUMOR:

Circo Bombril – 1952 – TV Tupi

A Bola do dia – 1954 – TV Tupi

Novas Atrações Pirani – 1957 – TV Tupi

Cássio Muniz em Revista – 1957 – TV Tupi

Olindo Topa-Tudo – 1957 – TV Tupi

Seo Genaro – 1958– TV Tupi

Seo Peppino – 1960 – TV Tupi

Va graxa, dotô? – 1962 – TV Execelsior

A Cidade se diverte – 1963 – TV Excelsior SP

São Paulo Se Diverte – 1963 – TV Excelsior SP

Show Riso – 1963 – TV Excelsior

TV Stuart Canal 0 – 1964 – TV Excelsior SP

Nós na cidade – 1965 – TV Excelsior

A Cidade Se Diverte – 1965 – TV Excelsior

Praça Brasil – 1987 – TV Bandeirantes

A Praça é Nossa – 1987 –  SBT

 

FacebookTwitterGoogle+

Adoráveis Trapalhões

Os Trapalhões estreia na TV Exelcior

Adoráveis Trapalhões
TV Excelsior – de Outubro/1966 a Maio/1967Adoráveis Trapalhões 2

 Em Agosto de 1965, a TV Record de São Paulo havia estreado o programa Jovem Guarda, nas tardes de domingo, sob o comando de Roberto Carlos. Com o sucesso daquele  programa, a TV Excelsior resolveu combater a concorrente utilizando-se da mesma fórmula: um programa aos domingos, feito para jovens, apresentado por Wanderley Cardoso, que estava estourado nas paradas de sucesso com a música O Bom Rapaz.

comp (6)Surgia, assim, em Março de 1966 o Excelsior a Go-Go.

Revista Intervalo - 1966

Revista Intervalo – 1966

Porém, Wanderley ficou pouquíssimo tempo à frente do Excelsior a Go-Go, que passaria o comando a Jerry Adriani e Luiz Aguiar.

Revista Intervalo - 1966

Revista Intervalo – 1966

Para Wanderley estava reservado um programa noturno, às quintas-feiras. De início, ele dividiu com a cantora Rosemary a apresentação de Juventude e Ternura. Mas, apesar da fama dos dois, o programa não deslanchou.

Revista Melodias 1966

Revista Melodias 1966

Coube ao diretor Wilton Franco (1930–2012) encontrar uma fórmula para utilizar Wanderley Cardoso e toda a sua fama.

Wilton Franco

Wilton Franco

Segundo o livro Os Adoráveis Trapalhões, de Luís Joly e Paulo Franco, Wilton considerava que um programa de 60 minutos era tempo demais para ser apresentado por uma dupla de  cantores. Era preciso dividir a responsabilidade e ampliar as possibilidades. Pensou-se, então, em Ted Boy Marino (Mário Marino 1939–2012), calabrês criado na Argentina, lutador de luta-livre. Ted Boy Marino era ídolo do Tele-Catch da TV Excelsior. blog_ted-boy
À dupla, Wilton juntou o ator, comediante e cantor Ivon Cury (1928–1995).

Ivon Cury

Ivon Cury

Era preciso encontrar alguém que pudesse dar a tônica do humor. Depois de rejeitar a ideia de se trazer Costinha – muito por causa da censura que já era implacável naquela época – Wilton optou por buscar um comediante mais novo. A escolha recaiu sobre Renato Aragão, que já fazia sucesso na TV Tupi.

Renato Aragão

Renato Aragão

A fórmula era simples: Wanderley o galã/cantor; Ivon o cantor/ponderado; Ted Boy, o bom de briga e Renato, o palhaço do quarteto.Adoráveis TrapalhõesO texto ficaria por conta de Emanoel Rodrigues em parceria com o próprio Renato Aragão. Depois muita discussão, surgiu quase sem querer o nome do quarteto: Adoráveis Trapalhões.
O programa estreou em Setembro/1966. Era feito ao vivo duas vezes por semana. Às terças no Rio; quintas, São Paulo.  Em duas ou três semanas o programa já era sucesso no Rio, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Minas e Rio Grande do Sul.

Folha de São Paulo - 1966

Folha de São Paulo – 1966

Em Março/1967 aconteceria a primeira alteração. Ted Boy Marino iria para a TV Globo, que havia adquirido os direitos do Telecatch Montilla.

Última Hora - 1967

Última Hora – 1967

Wilton agiu rápido e buscou uma solução até então impensável: um toque feminino na quarteto. E esse toque tinha um nome: Vanusa. 

Vanusa

Vanusa

1967- Prá nunca mais chorar-Vanusa

Compacto-simples de Vanusa 1967

 Vanusa (Vanusa Santos Flores) vinha se apresentando no Jovem Guarda, da TV Record, e com a música Pra Nunca Mais Chorar nas paradas de sucesso.
Assim, a loiríssima Vanusa substituiu o loiríssimo Ted boy Marino inclusive nas famosas lutas, que eram comuns nas aventuras do quarteto.

O Cruzeiro - 1967

O Cruzeiro – 1967

O programa manteve-se no ar até Maio/1967, mas com a saída de Renato Aragão, contratado pela TV Record, não havia mais por que mantê-lo.
Aragão levaria ainda mais dois comediantes que costumavam atuar em Adoráveis Trapalhões: seu amigo, palhaço de circo, Dedé (Manfried Sant’Anna) e o ex-programador da TV Excelsior Roberto Guilherme (que depois viria a ser o Sargento Pincel em Os Trapalhões).
Chegava ao fim o cicio dos Adoráveis Trapalhões, mas todos nós sabemos que estava para se iniciar outro ciclo, muito mais duradouro, apenas sem o termo “adoráveis”.            

FacebookTwitterGoogle+

José Sampaio

Sampaio

Nome completo: José Roberto Abrão Chain
Nascimento 28/03/1936 – Lins – SP
Falecimento 16/09/2009 – São Paulo – SP

Quando garoto era goleiro e, segundo relatos, era craque, apesar da baixa estatura. Também era briguento e não pensava duas vezes em pôr em prática alguns golpes de boxe, seu segundo esporte predileto. A tudo isso juntava-se o fato de ser apaixonado pelo rádio e cinema. Se fosse pela sua vontade, seu caminho estaria entre o futebol, o pugilismo e a vida artística. Entretanto, o pai tinha outro pensamento. Queria, sim, ver o filho formado em Direito. Este foi o motivo que levou o jovem José Roberto a deixar o interior de São Paulo e ir para a capital tentar realizar ao menos um de seus sonhos.
Precisou ter muita fibra para enfrentar a frustração do fracasso em testes nos campos, nos ringues e nos estúdios. Até que um dia a sorte começou a lhe sorrir. Depois de um teste foi convidado por Manoel de Nóbrega a participar do programa sensação do rádio dos anos 50: Programa Manoel de Nóbrega, pela Rádio Nacional de São Paulo. Começava ali a sua carreira como radioator.

Raquel Martins e José Sampaio

Raquel Martins e José Sampaio

Mudou o nome para José Sampaio numa homenagem a Silveira Sampaio, um dos maiores nomes do teatro, rádio e TV brasileira. Aconselhado pelo comediante Chocolate começou a desenvolver textos de humor e comédia.
Mudou-se para o Rio de Janeiro e ali iniciou alguns trabalhos para o teatro de revista. Em pouco tempo, José Sampaio tornou-se um dos mais requisitados autores tanto no Rio quanto em São Paulo. “Samba de Cartola”, “Só Vênus”, “Esquadrão de Beldades” e “Elas têm piriri no pororó” foram alguns dos seus títulos do gênero que aliava humor à música, ao luxo e às grandes coreografias.
Durante os anos 70 voltou a se dedicar quase que exclusivamente ao humor televisivo, passando por todas as emissoras do eixo Rio-São Paulo.
A partir dos anos 80 iniciou parceria com Chico Anysio que duraria mais de uma década depois de haver passado pela TVS, embrião do SBT, escrevendo programas como Alegria 81, Alegria 82, Reapertura e Feira do Riso. Ao lado de Chico surgiram marcantes criações como alguns dos personagens mais marcantes da Escolinha do Professor Raimundo. Delineados por Chico, Sampaio cria Dona Cacilda [Cláudia Jimenez], dona Bela [Zezé Macedo], seo Peru [Orlando Drummond] e Rolando Lero [Rogério Cardoso], e vários outros.
José Sampaio ainda criaria o emblemático Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, cujo nome foi dado por Jorge, seu único filho.
Convidado pela RTP, rede estatal portuguesa, José Sampaio colaborou com o programa “As lições do Tonecas”, que tornou-se sucesso absoluto em Portugal.
Nos final dos anos 90 ainda escreveria “A Escolinha do Barulho”, na TV Record. Na virada do milênio seria colaborador de Carlos Alberto de Nóbrega em “A Praça é Nossa”, no SBT, e de Tom Cavalcante no “Show do Tom” pela TV Record.
Seu último trabalho foi na equipe de redatores em “Uma Escolinha Muito Louca” pela TV Bandeirantes, em 2008.

PRINCIPAIS TRABALHOS EM HUMOR:

Programa Manoel de Nóbrega – Rádio Nacional-SP – 1954

Miss Campeonato – TV Paulista –1957

Praça da Alegria – TV Paulista – 1957

Clímax para Milhões – TV Paulista – 1957

O Grande Espetáculo – TV Paulista – 1957

A Noite é de Garbo – TV Paulista – 1958 

Tá Tudo Naquela Base – TV Paulista – 1960

Noite de Gala – TV Rio – 1960

Tim-tim por tam-tam – TV Rio – 1960

TV Rio Riso – TV Rio – 1960

Domingo Alegre – TV Rio – 1962

Chico Anysio Show – TV Excelsior – 1963

O Riso é o Limite – TV Rio – 1963

A Cidade se Diverte – TV Excelsior – 1964

Viva o Vovô Deville – TV Excelsior – 1964

Cré com Cré; Zé com Zé – TV Tupi-Rio – 1968

Domingo Alegre – TV Tupi – 1976

Cidade de Araque – TV Bandeirantes – 1977

Os Pankekas – TV Tupi – 1978

Reapertura – SBT – 1981 

Alegria 81 – SBT – 1981

Alegria 82 – SBT – 1982

Chico Anysio Show – TV Globo – 1982

Show Riso – TV Record – 1985

Chico Anysio Show – TV Globo – 1988

Escolinha do Prof. Raimundo – TV Globo – 1990

Estados Anysios de Chico City – TV Globo – 1991 

As lições do Tonecas – RTP – Portugal – 1998

Escolinha do Barulho – TV Record – 1998

A Praça é Nossa – SBT – 2001

Zorra Total – TV Globo – 2002

Show do Tom – TV Record – 2007

Uma escolinha muito louca – TV Bandeirantes – 2008

FacebookTwitterGoogle+

As escolinhas

Escolinhas

Vários ambientes já foram escolhidos para um esquete ou até mesmo um programa de humor: hospital, delegacia, hotel, edifício, praça, etc. Mas, sem dúvida, o mais marcante, e o que mais proliferou, foi o ambiente de uma escola. O termo escolinha surgiu em 1935 por ocasião da criação da Escolinha da Dona Olinda, de Nhô Totico, para a Rádio PRE-4 Rádio Cultura de São Paulo. Dali em diante surgiram inúmeras outras com os mais variados nomes, professores e alunos.

nho_totico

1935 – Escolinha da Dona Olinda
Rádio Record (depois Rádio Cultura e Rádio Kosmos [Rádio América])
Criação e interpretação de Nhô Totico [Vital Fernandes da Silva]

 

1936 – Cenas Escolares
Rádio Transmissora Brasileira – PRE-3
Criação de Renato Murce. Elenco:Almirante, Lauro Borges, Castro Barbosa e Renato Murce.
O programa Cenas Escolares foi para a Rádio Nacional. Em 1940, o criador Renato Murce foi obrigado a mudar seu nome. O motivo foi a reclamação de ouvintes à Associação dos Pais de Família. A associação foi ao DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que havia sido criado em 1939 no Estado Novo, governado por Getúlio Vargas. Mesmo sob protesto da imprensa, o programa foi retirado por ser considerado ofensivo á moral dos professores. Mas Renato Murce voltaria com a mesma estrutura batizada de Piadas do Manduca (que era um dos alunos, interpretado por Lauro Borges). A diferença é que a “aula” não acontecia mais numa escola e sim na casa de uma abnegada e já aposentada professora, a dona Teteca. O programa manteve-se no ar por 25 anos.  

 

1940 dn Escola Risonha e Franca Tupi Rio1940 – Escola Risonha e Franca
Rádio Tupi-RJ
Criação de Lourival Reis. Elenco: Lourival Reis [Professor Zé Bacurau] e elenco da emissora.

 


Escola Record 2
1942 – Escola Risonha e Franca
Rádio Record
Criação de Gilberto Martins (também escrito por Octávio Gabus Mendes e Osvaldo Molles). Elenco: Octávio Gabus Mendes, Vicente Leporace, Gióia Jr., Adoniran Barbosa [cujo personagem era o menino Barbosinha Mal-Educado da Silva].

 

1952 – Escolinha do Professor Raimundo
Rádio Mayrink Veiga – 
Quadro em A Cidade Se Diverte
Criação de Haroldo Barbosa. Elenco: Chico Anysio, Afrânio Rodrigues, Zé Trindade, Germano [(João Fernandes] e Antônio Carlos Pires.

 

1957 – Escolinha de Morte
TV Record

Criação de Waldomiro Barone. Elenco: Pimentinha [Walter Seyssel], Durval de Souza, Gilberto Chagas, J. Gianotti, Joãozinho.

 

1957 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Rio

Quadro em Noite Cariocas. Criação: Chico Anysio. Elenco: Chico Anysio, Castrinho, João Loredo [irmão de Jorge “Zé Bonitinho” Loredo], Vagareza e Ary Leite.

 

Escolinha da Juju - Última Hora - 1958

Escolinha da Juju – Última Hora – 1958

1958  – Escolinha da Juju
TV Rio
Criação de João Loredo e textos de Pedro Anísio. Elenco: Henriqueta Brieba, Zezé Macedo, Martin Francisco, Jorge Loredo, Fernanda de Oliveira, Paulo Rodrigues, Edgard Vasconcelos e Sérgio Murilo.

 

O Professor e D. Gegé

O Professor e D. Gegé

1959 – Escola para Adultos
Quadro em Super Show (TV Tupi Rio) e depois A Cidade se Diverte (TV Rio/ TV Record)
Criação de Chico Anysio. Elenco: Antônio Carlos Pires [Professor] / Sônia Lancelotti [Dona Gegé], no Rio. Líria Marçal [Dona Gegé], em SP.

 


Escolinha de Grupo - 1962 TV Paulista
1961 – Escolinha de Grupo
TV Paulista
Criação de Manoel de Nóbrega. Elenco: Borges de Barros, Luiz Pini, Isaura Gomes, Gilberto Garcia, Clayton Silva, Roberto Barreiros, Daniel Guimarães.

 

Valery Martins, Germano e Negativo

Valery Martins, Germano e Negativo

1960 – Escolinha do Burraldo
TV Record –Quadro em Grande Show União
Elenco: Germano [João Dias Lopes] como Burraldo; Valery Martins, a professora; Negativo e Tubinho, outros dois alunos.

 


vinil-lp-ronald-golias-olimpiaaaa-9826-MLB20022182655_122013-F

1967 – Escolinha do Golias
TV Record – Quadro em È uma graça, mora!

Criação: Carlos A. de Nóbrega. Elenco: Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Ana Maria Soeiro e Patty Brown.

 

1973 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo – 
Quadro em Chico City
Criação de Chico Anysio. Elenco: Antônio Carlos Pires, Grande Othelo,  Lúcio Mauro, Mário Tupinambá, Walter D’Ávila, Castrinho, entre outros.

 

1982 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo –  
Quadro em Chico Anysio Show
Criação de Chico Anysio. Elenco: Inclusão de Milton Carneiro, Lupe Gigliotti e Luiz Delfino.

 


escolinha-fotos_cedoc28_2
1988 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo
Criação de Chico Anysio. Elenco com inclusão de Cláudia Jimenes, Tom Cavalcante, David Pinheiro, Pedro Bismarck, Zilda Cardoso, Fafy Siqueira, Brandão Filho, Zezé Macedo, Olney Cazarré, Lug de Paula, Nizo Neto, Marcos Plonka, Orlando Drummond, Stela Freitas, Tássia Camargo, Rogério Cardoso, Ivon Cury, Francisco Milani, Nádia Maria, Nélia Paula, Roni Cócegas, José Vasconcellos, entre muitos outros.

 

OgAAAOdjj3ojnXLQrNlqjSqFggbJXbgGlZorMNfuK6POGJn4BX8CuzKfJxVyfbeAydYr-QIo2PHO_Foij2pu6-czwfwAm1T1UEfFD_zr62TZdKQ9F5W7olf5hdFD

Ronaldo Golias (Pacífico) e Nair Bello (Pazza)

1991 – Escolinha do Golias
SBT

Criação de Carlos A. de Nóbrega. Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Patrícia Opik, Nair Bello. Posteriormente Consuelo Leandro e Marta Pessoa.

 


escolinha-do-barulho1999 – Escolinha do Barulho

TV Record
Criação de José Sampaio. Com Jorge Loredo, Davi Pinheiro, Castrinho, Tiririca, Orival Pessini, Iran Lima, Marcos Plonka, José Vasconcellos, João Elias entre outros.

 

2005 – Escolinha do Beto Carrero
SBT

 

2006 – Escolinha do Leão
Band – Quadro do Programa Gilberto Barros

 


FOT_FT2_19270

2008 – Escolinha Muito Louca
Band
Idealizado por Hélio Vargas. Com Sidney Magal, Orival Pessini, Pâmela Côto, Wesley Crespo, Rafa Melo, Kaká de Lima, Murilo Flores, Ricardo Côrte Real, entre outros.

 

 

Nina (Marley Cevada) e Ratinho

Nina (Marley Cevada) e Ratinho

2011 – Escolinha do Ratinho
SBT – Quadro do Programa do Ratinho

 

 

Índia Potira (Cinthia) e Gugu

Índia Potira (Cinthia Santos) e Gugu

2011 – Escolinha do Gugu
TV Record – Quadro do Programa do Gugu
Idealização de Homero Sales. Com Gugu, Orival Pessini, Eliezer Motta, Iran Lima , Marcos Plonka , João Elias,  entre outros.

 

FacebookTwitterGoogle+
Página 5 de 7« Primeira...34567