Humor Brasileiro

Tutuca, a voz de serrote

Lucio Mauro

Nome: Ulisver João Baptista Linhares
Nascimento= 15/10/1932-RJ
Falecimento = 03/12/2015-RJ

1960 Tutuca crooner de boateSeu nome surgiu de forma inusitada: quando nasceu, cada um da família queria que tivesse um nome. Como não chegavam a um acordo, resolveram pôr todas as letras do alfabeto numa caixinha e sortear. Um por um dos sete parentes mais próximos sortearam as letras u-l-i-s-v-e-r e daí o seu nome de batismo: Ulisver. Segundo a Revista do Rádio de 1960, quando pequeno, Ulisver foi apelidado de Tutuca por suas tias em virtude do cabelo comprido que usava. Tendo feito o curso científico, ele tinha a intenção de ser médico, mas – ao que tudo indica – o amor teria entrado em sua vida e mudado o seu caminho. Já casado e com uma filhinha chamada Elizabeth, Tutuca trabalhou por um tempo como propagandista de produtos farmacêuticos. Isso foi até o dia em que resolveu acompanhar um primo a rádio onde trabalhava. A rádio era a Tupi-RJ e o primo era Wellington Botelho, que já era sucesso em rádio como cantor e comediante.

Wellington Botelho,

Wellington Botelho,

Apresentado por Wellington, Tutuca fez teste como cantor e foi aprovado. Começou a participar de programas musicais, porém recebendo apenas cachê. Um dia (segundo Tutuca, por uma sugestão de Max Nunes) ele resolveu cantar de forma diferente, usando modulação de voz, algo parecido como uma “taquara rachada”. NO meio da música Tutuca resolveu botar um “xiiiiiii”com várias modulações. O resultado foi o riso incontido do público. Surgia ali o comediante Tutuca, o homem da voz de serrote, como foi apelidado.

Revista do Rádio - 1960

Revista do Rádio – 1960

Max Nunes, com seu eterno olho clínico, viu o potencial do artista e sugeriu que a emissora o contratasse como comediante. Era o ano de 1957 e junto com o contrato Tutuca ganhava ali outro presente: um personagem criado por Max Nunes: o Lambretildo, seu primeiro personagem de sucesso, para o programam Sequência G-3.

O 1º personagem na carreira

O 1º personagem na carreira

Lambretildo era um garoto que punha qualquer adulto em confusão.

Tutuca e Otávio França na Rádio Tupi - 1957

Tutuca e Otávio França na Rádio Tupi – 1957

Tutuca passou pelas rádios mais importantes dos anos 50 e 60.1957 Tutuca na Tupi1958 Tutuca na Mayrink1958 Tutuca Varandão1959 Tutuca no Miss Campeonato Ali surgiram personagens como Fofoquinha, Filhinho do Papai, Papinho, o Madureira (em Miss Campeonato) e Garçom Crooner. 1963 Tutuca 11963 Tutuca 2

O garçom crooner, o homem da voz de serrote

O garçom crooner, o homem da voz de serrote

Do rádio para a televisão foi um caminho natural. Ele participou dos grandes sucessos da televisão brasileira sempre com muito destaques.

Tutuca em Praça Onze - 1964

Tutuca em Praça Onze – 1964

Tutuca e Paulo Gracindo em Noites Cariocas - 1964

Tutuca e Paulo Gracindo em Noites Cariocas – 1964

Tutuca,  (à esquerda) como engraxate em Noites Cariocas - 1964

Tutuca, (à esquerda) como engraxate em Noites Cariocas – 1964

Um de seus personagens mais marcantes foi o Clementino, um faxineiro desligado que nunca percebia que as mulheres davam em cima dele. O esquete do Clementino era sempre finalizado com o bordão “ah, se ela me desse bola!”, que logo caiu na boca do povo. Mas, apesar do sucesso como comediante e humorista (com o tempo, ele passou a escrever os próprios textos) Tutuca nunca abandonou a música. Para o carnaval de 1962 ele lançou duas marchinhas que fizeram relativo sucesso. Uma delas era “Minha Renúncia” numa alusão direta à atitude do ex-presidente Jânio Quadros seis meses antes.

1962 Tutuca renúncia Por outro lado, houve vezes em que resolveu lembrar dos tempos de cantor romântico, chegando mesmo a gravar canções de Roberto Carlos.1965 Tutuca canta Roberto Carlos 2 Como não poderia deixar de ser, Tutuca fez shows em boates e em teatro, tanto em revista como comédia (foi quando surgiu o personagem gay do Magnólio, que anos depois seria apresentado em A Praça é Nossa como a única testemunha de um crime). Também fez cinema, tendo participado de filmes como “O home m do Sputinik”, “O homem que roubou a copa do mundo”, “Bom mesmo é carnaval”  e mais recentemente em “Os Normais, o filme”.

Tutuca e Marisa Orth em cena de "Os  Normais, o filme"

Tutuca e Marisa Orth em cena de “Os Normais, o filme”

No final dos anos 80 Tutuca voltaria a fazer muito sucesso em A Praça É Nossa com o personagem “Chefinho” que tudo permitia à secretária Dona Dadá em detrimento do funcionário exemplar Seo Menezes. “Tadinha dela, seo Menezes”, dito com sua inconfundível voz em falsete, foi uma das frases mais marcantes do humor no final dos anos 80.

Tutuca, Marriete e Aldo César no quadro do "Chefinhoi" - A Praça é Nossa

Tutuca, Marriete e Aldo César no quadro do “Chefinhoi” – A Praça é Nossa – 1999

Felipe Levoto, Tutuca e Aldo César no quadro "Magnólio" - A Praça é Nossa

Felipe Levoto, Tutuca e Aldo César no quadro “Magnólio” – A Praça é Nossa

Tutuca e Camila Pollentini no quadro "Clementino" em A Praça é Nossa

Tutuca e Camila Pollentini no quadro “Clementino” em A Praça é Nossa

Nos últimos anos Tutuca esteve impossibilitado de trabalhar desde que sofreu um AVC. Um amigo nosso, o também comediante Maurício Manfrini (o Paulinho Gogó, de A Praça é Nossa), telefonou para saber como ele estava.

Maurício Manfrini (Paulinho Gogó)

Paulinho Gogó

O diálogo do telefonema foi assim:
— E aí, Tutuca? Como é que você tá?
— Tá tudo bem, meu filho.
— Me diz aí, como foi que aconteceu o AVC?
— Ah, foi simples. Eu tava em casa sem porra nenhuma para fazer, aí pensei “ah, acho que vou ter um AVC”.
E os dois começaram a gargalhar.

Abaixo a relação de alguns dos programas de rádio e tv em que Tutuca participou:

Sequência G-3 – Rádio Tupi-Rio

Boate do Ali Babá – Rádio Tupi-Rio

Miss Campeonato – Rádio Mayrink Veiga

A cidade se diverte – Rádio Mayrink Veiga

Vai da valsa – Rádio Mayrink Veiga

Cordão dos Chaleiras – Rádio Mayrink Veiga

Ali Babá e os 40 Garçons – Rádio Mayrink Veiga

Risos e Melodias – Rádio Mayrink Veiga

Boate do Ali Babá – TV Tupi-Rio

O Riso é o limite – TV Rio

Praça Onze – TV Rio

Noites Cariocas – TV Rio

Marmelândia – TV Tupi-Rio

Rua da Alegria – Rádio Tupi-RJ

São Paulo se diverte – TV Excelsior

Show Riso – TV Excelsior

Condomínio da alegria – TV Excelsior

Humor em Bossa Nove – TV Continental

VIP Show – TV Rio

Rio Ri À Toa – TV Rio

TV Rio Riso – TV Rio

Paulo Gracindo Show – TV Rio

Praça da Alegria – TV Rio

Bairro Feliz – TV Globo

Edifício Balança, mas não cai – TV Globo

Alô, Brasil; aquele abraço – TV Globo

Faça humor, não faça guerra – TV Globo

Risoteque 78 – TV Tupi

Pisulino – TV Tupi-SP

Café sem concerto – TV Tupi-SP

Apertura – TV Tupi

Reapertura – SBT

A Praça é Nossa – SBT

Zorra Total – TV Globo

Clique no link e assista a um esquete de Tutuca (com a participação de Beto Guarani e Rosana Moreira) em A Praça é Nossa, no 2000, interpretando o faxineiro Clementino.

 

 

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Audácia do bofe

COSTINHA

COSTINHA

Lírio Mário da Costa (1923-1995), o Costinha, nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, terra de Noel Rosa e Martinho da Vila. Flamenguista fanático, viu-se desde pequeno participando de esquetes de circo acompanhando seu pai, que era conhecido como Palhaço Bocó. Ainda com o nome de Mário Costa, começou a trabalhar em rádio, em meados dos anos 40, como contrarregra da Rádio Tamoio.

Costinha quando ainda era conhecido por Mário Costa

1952  Costinha era só Mário Costa

Por ser muito alegre e viver contando piadas o dia todo, recebeu uma oportunidade de demonstrar seu talento num programam chamado Vesperal das Moças. Não demorou muito para que fosse convidado pela Rádio Mayrink Veiga para participar de seus programas humorísticos. Ele não pensou duas vezes e logo estava participando de programas como Recruta 23, Riso das Ruas e Cadeira de Barbeiro, sempre usando o nome Mário Costa.

Maria Vidal e Costinha

Maria Vidal e Mário Costa – 1952

Costinha em 1952

Como Mário Costa em 1952

Atuava como radio-ator e também como sonoplasta.

Mário Costa sonoplasta 1952

Mário Costa sonoplasta 1952

Assumiu o nome artístico Costinha em 1953 por sugestão da vedete Siwa – e esposa do comediante Vagareza – quando ela o contratou para um espetáculo de sua companhia teatral chamado Uma Pulga Na Camisola.

Folha da Manhã 10/04/1953

Folha da Manhã 10/04/1953

Costinha tornou-se famoso no teatro de revista e isso fez com que a TV Rio o contratasse para seu elenco de comediantes. Feira Mais ou Menos Livre e Botando Banca foram os dois primeiros programas de Costinha em televisão. Mas a consagração viria em Noites Cariocas e A Cidade Se Diverte. Sabendo usar como poucos a expressão facial e corporal, Costinha tornou-se rapidamente um dos comediantes mais queridos da televisão. Foi num desses programas que, certo dia, o microfone “vazou” na frente do vídeo em num programa ao vivo. Costinha não perdeu a oportunidade e mandou um “miau” e todo mundo riu. Esse “miau” o acompanhou durante toda a carreira televisiva sempre antecedida por um pedido para que o “boom man” (o operador do microfone) baixasse o microfone para que este pudesse entrar em cena. Costinha, ao lado de Dercy Gonçalves, talvez tenha sido o comediante a receber o maior número de suspensões dos programas humorísticos por causa de suas piadas consideradas pornográficas. Certa vez, ainda no tempo do programa ao vivo, Costinha estava na TV Excelsior do Rio, fazendo ao vivo seu programam “De frente com Costinha”. Nos bastidores estava o pastor alemão chamado Radar, que iria gravar o último capítulo da novela Vidas Cruzadas. No meio do esquete Costinha, fazendo uma bichinha, disse: “ Nossa, ali tem um gato!” No mesmo momento, por coincidência, o Radar começou a latir. Costinha 1aproveitou a deixa para meter um caco e dizer: “Ainda bem que eu falei em gato. Se eu falasse em veado, acho que essa fera ia acabar me matando!” Foi uma gargalhada geral. E dias depois mais uma suspensão de 30 dias pela censura. A TV Excelsior, do Rio de Janeiro,  foi uma das que mais sofreu com suas ausências uma vez que o Comitê de Censura do Estado Da Guanabara não lhe dava tréguas.

Costinha em 1962

Costinha em 1962

Segundo o próprio Costinha, foi ele o causador de os programas humorísticos deixarem de ser exibidos ao vivo e passarem a ser gravados previamente. Era o modo que a censura havia encontrado para “tesourar” aquilo que achasse excessivamente pornográfico para ir ao ar. Em 1965, Costinha – imitando uma bicha, como sempre – resolver botar um “caco” em cena. Ao ser confrontado por um homem disse: “audácia do bofe!”, termo que se tornou bordão popular durante bom tempo. Mas o bordão trouxe-lhe nova suspensão. O fato ocorreu porque Costinha, dentro do personagem, resolveu dizer que seu relógio era da marca Roscofe. Quando o sujeito pedia para ver as horas, Costinha dizia: “Quer ver o meu Roscofe? Audácia do bofe!”

Costinha era um "anjinho"

Costinha, um “anjo”

[O termo roscofe significa relógio vagabundo. Sua origem vem de  uma antiga marca de relógio suíço, homenagem ao relojoeiro suíço G. R. Roskopf. Entretanto, roscofe tem outro significado, muito utilizado no Nordeste: cu] Sem perder tempo, Costinha, apesar da suspensão, gravou a marchinha “Audácia do Bofe” para o carnaval de 1966. Clique no player e ouça Costinha cantando a marchinha Audácia do Bofe.

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Mauro Maurício, o homem do “R” fatal

Mauro Maurício

O comediante pernambucano Carlos Leite (1939-1991) trabalhou em teatro, cinema e televisão. Participou de vários programas na TV Globo (Balança, Satiricom, Faça Humor Não Faça Guerra, Planeta dos Homens) m , tendo feito muito sucesso com o personagem Beleza, criado por Chico Anysio para o programa Chico City.

Carlos Leite, o Beleza de Chico City

Carlos Leite, o Beleza de Chico City

Em 1989 foi contratado para A Praça é Nossa onde começou com o personagem do Metaleiro.

Carlos Leite, o Metaleiro de A Praça é Nossa

Carlos Leite, o Metaleiro de A Praça é Nossa

 Em 1990 estourou com o personagem Mauro Maurício, uma criação em parceria dele comigo. 

Mauro Maurício e seu empresário Oliveira (José Miziara)

O empresário Oliveira (José Miziara) e o “astro” Mauro Maurício (Carlos Leite)

Mauro Maurício era um personagem com figurino e topete ao estilo Elvis Presley, que tinha uma característica peculiar na fala: em toda letra R ele dava um soquinho.
Mauro Maurício achava-se o máximo como ator, locutor, apresentador, etc. Ele tinha em seu empresário Oliveira (interpretado por José Miziara) que, além de ser o seu maior fã, era quem tentava “vender” Mauro Maurício para o meio artístico.
Este personagem foi criado por nós durante uma viagem do show da Praça. Carlos Leite começou a falar a palavra Arariboia dando soquinho nos erres. Todo mundo riu. Sugeri que ele cantasse o trecho de Romaria de Renato Teixeira: “sou caipira pirapora nossa, senhora de aparecida…” Ele cantou e foi uma gargalhada geral. Comecei, então, a incentivar a criação de um personagem. Nome? Mauro Maurício, disse ele. Onde nasceu? Araraquara, disse eu. Prato predileto? Pirarucu com farofa. Quando voltamos da viagem eu já tinha a estrutura do personagem. Criei o apoio, o empresário Oliveira (interpretado por José Miziara), que era para preservar Carlos Leite e ele poder dar as falas com as palavras que continham R. Há que se lembrar que estamos falando de 1990. Não havia internet para pesquisar. Era pegar o dicionário e folhear, folhear, folhear e ir catando palavras com R intermediário. Palavras como piroga, arara, pururuca, sururu, bororó, ariranha, etc. Depois de colhidas as palavra é que eu criava o contexto do esquete.
Carlos Leite era um comediante sensacional, engraçadíssimo, mas extremamente inseguro. Ceta vez, durante a gravação (com plateia, não era claque) ele disse ao diretor que iria entrar cantando uma música de improviso. O diretor aceitou. O personagem estava no auge. Carlos Leite entrou. Aplausos gerais. Ele vem cantando e, de repente, para. Trava. Olha para o público e diz: “Desculpem Errei o improviso”. Falou sério porque era isso mesmo que estava sentindo. O público, explodiu em gargalhada e começou a aplaudir em cena aberta pensando que fosse piada. Mas não era. Carlos Leite foi o único comediante da história do humor brasileiro a errar um improviso. Em 1990, no programa  A Praça é Nossa, Mauro Maurício – através de seu empresário Oliveira – tentava convencer o cantor e apresentador Ronnie Von a fazer uma parceria artística. Clique no player e assista Mauro Maurício, em A Praça é Nossa de 1990,  infernizando o cantor e apresentador Ronnie Von.

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Rua da Alegria / Alegria da rua

1951 Antônio Maria Rua da alegria 1Rua da Alegria – Rádio Tupi RJ – de 1948 a 1952
Alegria da Rua – Rádio Mayrink Veiga – de 1952 a 1960
Programa criado por Antônio Maria [Araújo de Morais] (17/03/1921-PE / 15/10/1964-RJ).

Antônio Maria, criador de Rua da Alegria

Antônio Maria, criador de Rua da Alegria

Antônio Maria escrevia, produzia e apresentava o programa contracenando com os tipos que passavam por aquela rua. Em Rua da Alegria o elenco era constituído pelos humoristas da Rádio Tupi-RJ: Nancy Wanderley, Abel Pera, Otávio França, Nádia Maria, Matinhos, Hamilton Ferreira, Orlando Drummond, Castro Gonzaga, Duarte Morais, Haydée Fernandes e Maria do Carmo.

Nancy Wanderley, ora nordestina ora uma esnobe

Nancy Wanderley, ora nordestina ora uma esnobe

Matinhos

Matinhos

Abel Pera

Abel Pera

Nádia Maria

Nádia Maria

Orlando Drummond ainda jovem

Orlando Drummond ainda jovem

Hamilton Ferreira, personagem maluco

Hamilton Ferreira, personagem maluco

De baixo para cima: João Fernandes, Otávio França, Castro Gonzaga e Abel Pera

De baixo para cima: João Fernandes, Otávio França, Castro Gonzaga e Abel Pera

Em 1952, Antônia Maria transferiu-se para a Rádio Mayrink Veiga, assim como a maior parte do elenco. Uma alteração na ordem das palavras e surgia, então, Alegria da Rua, mantendo os mesmo moldes do programa da Tupi.

Revista do rádio 1953

Revista do rádio 1953

A diferença é que o programa recebia o reforço dos humoristas mayrinkianos, tais como: Zé Trindade, Germano, Antônio Carlos Pires…

Zé Trindade

Zé Trindade

Germano, o eterno calouro Cazuza

Germano, o eterno calouro Cazuza

Antônio Carlos Pires

Antônio Carlos Pires

Clique no player e ouça um trecho de Rua da Alegria, na Rádio Tupi-RJ, no ano de 1952. A locução de abertura é de Antônio Luiz. A apresentação é do próprio Antônio Maria, que contracena com o personagem Lúcia, contador de causos, interpretado por Abel Pera.

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Golias imitando Jânio Quadros

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Jânio Quadros, quando governador de São Paulo (1955-1959), ficou famoso por seus bilhetinhos, que era a forma como costumava se comunicar com seus assessores e comandados. Esse modo diferente de comunicação inspirou o livro Os Bilhetinhos de Jânio, de 1959, escrito pelo jornalista J. Pereira, que fora chefe do Serviço de Imprensa do governo de São Paulo quando Jânio era governador.
Em 1960 a gravadora Continental lançou um LP também chamado Os Bilhetinhos de Jânio com Manoel de Nóbrega e Golias. Nesse disco, Nóbrega fazia as vezes do locutor que narrava o fato que resultou num bilhetinho de Jânio. Golias, por sua vez, fazia a locução do bilhetinho enviado, imitando quase que perfeitamente o então candidato à presidência Jânio Quadros.
Clique no player e ouça um trecho de Os Bilhetinhos de Jânio com Manoel de Nóbrega e a imitação de Ronald Golias.

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