Pérolas Sonoras

E Arrarraquarra virou música

Jacqueline Myrna

Jacqueline Myrna

Jacqueline Myrna, romena de nascimento, é chamada até hoje de “A Marylin Monroe do Brasil” e, principalmente, de “A Francesinha de Arrarraquarra”. Tudo porque Moacyr Franco, no programa Moacyr Franco Show, na TV Excelsior, costumava pedir para  a moça, então uma das bailarinas do programa, que dissesse uma palavra ou outra, em geral, palavras que tivesse o “erre”. Era uma brincadeira em função de Jacqueline carregar no “erre” ao falar. O sotaque tinha muito a ver com o fato de ela ter vivido a maior parte de sua infância na França. 
Veio, então, o dia em que Moacyr pediu para que Jacqueline dissesse Araraquara. O que se ouviu foi “Arrarraquarra”, que fez o público presente no auditório explodir em gargalhadas. Daquele dia em diante, Jacqueline Myrna tornou-se parte integrante dos programas de humor. O público esperava que dissesse “Arrarraquarra” daquele jeito que só ela sabia dizer.
O sucesso foi tamanho que em 1964 Jacqueline Myrna gravou um compacto-simples.  De um lado a música Francesinha de Araque; do outro, Cha-Cha-Chá da Francesinha.
Clique no player abaixo para ouvir Jacqueline Myrna cantando Francesinha de Araque e ouça ela dizendo Arrarraquarra de seu jeito único.

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O Samba do Mug

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Wilson Simonal (1938-2000), um dos maiores show man que o Brasil já teve, fazia suas apresentações introduzindo uma ginga toda especial  e trazendo novas expressões como “vamos voltar à pilantragem”, “vamos s’imbora!’ e “deixa cair”. Em seu disco de 1966 chamava-se “Vou deixar cair…” Nesse disco, havia uma faixa intitulada “Samba do Mug”, samba criado em função do sucesso do bonequinho Mug (o Mug da sorte), que tornou-se uma febre em 1966.
Clique no player abaixo e ouça  o Samba do Mug gravado por Wilson Simonal.

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Seo Fon-Fon

Juca Chaves

Em 1967, diante do caos no trânsito de São Paulo, o então governador paulista Abreu Sodré recrutou os trabalhos do Coronel Fontenelle, antigo diretor do Detran do Rio, responsável pelo sistema de trânsito da capital fluminense.
Coronel Fontenelle ficou no cargo por apenas 58 dias. Nesse tempo, ele estabeleceu novas e rígidas regras de horários para carga e descarga de caminhões (da meia-noite às 6), criou bolsões de estacionamento, rotatórias e sugeriu a mudança da rodoviária do centro da cidade. Com seu modo intempestivo, Fontenelle saía à rua furando pneus de quem estacionasse em local proibido ou, então, mandava guinchar o veículo, até mesmo carro oficial, visto que políticos não tinham privilégios. Porém, por ter posto ao mesmo tempo todas as mudanças, o trânsito de São Paulo simplesmente parou. Tornou-se um congestionamento único e diário.
Juca Chaves aproveitou-se do fato para compor e gravar uma “homenagem” ao caos em que transformou-se a cidade.
Ouça a música Seo Fon-Fon gravada por Juca Chaves, em 1967.

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Bilhetinhos de Jânio I

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Jânio Quadros, quando governador de São Paulo (1955-1959), ficou famoso por seus bilhetinhos, que era a forma como costumava se comunicar com seus assessores e comandados. Esse modo diferente de comunicação inspirou o livro Os Bilhetinhos de Jânio, livro escrito em 1959, pelo jornalista J. Pereira, que fora chefe do Serviço de Imprensa do governo de São Paulo quando Jânio era governador.
Em 1960 a gravadora Continental lançou um LP também chamado Os Bilhetinhos de Jânio com Manoel de Nóbrega e Golias. Nesse disco, Nóbrega fazia as vezes do locutor que narrava o fato que resultou num bilhetinho de Jânio. Golias, por sua vez, fazia a locução do bilhetinho enviado, imitando quase que perfeitamente o então candidato à presidência Jânio Quadros.
Clique no player e ouça um trecho de Os Bilhetinhos de Jânio com Manoel de Nóbrega e a imitação de Ronald Golias.

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O gol de placa

Gola de placa

Em 05/03/1961 o time do Santos enfrentou o Fluminense, vencendo por 3×1. Em um dos gols santistas, Pelé driblou literalmente a defesa inteira antes de marcar. O gol foi aplaudido de pé por todo o Maracanã, cuja torcida era Fluminense, em sua imensa maioria. O feito foi exaltado por todos e culminou com a sugestão do então repórter Joelmir Beting: o gol merecia uma placa no estádio para homenagear o rei. Surgia ali a expressão gol de placa.
Clique no player e ouça a narração da gol de placa na voz de Pedro Luiz, em transmissão pela Rádio Bandeirantes.

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