Pérolas Sonoras

Ivon Curi e “A Coisa”

Ivon Curi 1957 matéria 1Nome completo: Ivon José Curi
Nascimento 05/06/1927 Caxambu-MG
Falecimento 24/06/1995 Rio de Janeiro-RJ

Ivon José Curi era irmão do narrador esportivo Jorge Curi e do locutor Alberto Curi.

Jorge Curi, narrador esportivo

Jorge Curi, narrador esportivo

Alberto Curi, locutor

Alberto Curi, locutor

Muitas pessos pensam que existe também um parentesco entre Ivon e Edson “Bolinha” Cury, apresentador da TV Bandeirantes. Porém, não há. Ivon é Curi com “i” e Edson “Bolinha” é Cury com “y”.

Edson "Bolinha" Cury, com "y"

Edson “Bolinha” Cury, com “y”

Ivon Começou como cantor em 1946,  cantando na Rádio Tupi-RJ e na Rádio Continental. No ano seguinte passou para a Rádio Nacional, gravando um sucesso atrás do outro. Era chamado de O Rei do Rádio.

Ivon Curi na Rádio Nacional

Ivon Curi na Rádio Nacional

Ivon era um homem alto e forte. Fazia o gênero galã, embora a calvície já se tornasse evidente deste a mocidade. . Em 1951 ele participou do filme Aviso aos Navegantes ao lado de Grande Otelo e Oscarito. O filme fez enorme sucesso, mas seu papel foi considerado “delicado demais” para a época. Esse fato fez com que Ivon tivesse que abandonar o lado galã e passar para o lado cômico. Ivon fez mais de uma dezena de comédias em cinema, alternando música com humor.

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Cartaz de “É Fogo na Roupa” de 1952

Zé Trindade e Ivon Curi em Garotas E Samba - 1957

Zé Trindade e Ivon Curi em Garotas E Samba – 1957

Ivon Curi em cena de Garota Enxuta - 1959

Ivon Curi em cena de Garota Enxuta – 1959

Polivalente, Ivon tocava piano e violão e tinha facilidade em imitar cantores. Por isso começou a se notabilizar no radio como imitador de Bing Crosby, Frank Sinatra, Gilbert Bécaud c Charles Aznavour. Estes foram apenas alguns dos motivos que o fizeram ter sucesso também em teatro, rádio e tv.

Ivon Curi e a morena Hebe Camargo - TV Tupi - 1951

Ivon Curi e a morena Hebe Camargo – TV Tupi – 1951

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Foi um dos quatro integrantes do programam Adoráveis Trapalhões, ao lado de Wanderley Cardoso, do lutador Ted Boy Marino e de Renato Aragão (TV Excelsior – 1966/67).

Wanderleiy Cardoso, Ted Boy Marino, Ivon Curi e Renato Aragão - Adoráveis Trapalhões - 1966

Wanderleiy Cardoso, Ted Boy Marino, Ivon Curi e Renato Aragão – Adoráveis Trapalhões – 1966

CEna de Adoráveis Trapalhões - TV Excelsior - 1967

Cena de Adoráveis Trapalhões – TV Excelsior – 1967

Desde os tempos de rapaz, Ivon jamais assumiu a calvície tendo passado a maior parte de sua carreira ostentando uma peruca.

Ivon Curi aos 23 anos - quase careca

Ivon aos 23 anos – calvície precoce

Isso fez com que durante muito tempo Renato Aragão usasse em Os Trapalhões o bordão “Nossa! Pela peruca do Ivon Curi!” Somente ao participar de A Escolinha do Professor Raimundo, no papel do gaúcho Gaudêncio, é que passou a se apresentar totalmente careca.

Gaudêncio, o gaúcho da Escolinha do Prof. Raimundo

Gaudêncio, o gaúcho da Escolinha do Prof. Raimundo

CURIOSIDADE: No início da carreira, Ivon Curi era tido por todos – TODOS MESMO – como um sujeito chato, do tipo pegajoso. Ele mesmo acabou assumindo esse seu lado durante uma entrevista.
— Você era considerado um artista chato?
— Muito. Eu era tão chato que se você visse um monge tibetano irritado e dizendo palavrão podia ter certeza de uma coisa: eu estava do lado dele. Em 1962 Ivon Curi gravou um disco 78 rpm para a gravadora Odeon. De um lado a música “Brasil, sentido!” e do outro “A Coisa”. A música “A Coisa” é uma versão da canção “The Thing” gravado pelo cantor americano  Johnny Restivo. Apesar de rara, a gravação resume bem o que foi a carreira de Ivon Curi: música e humor. Clique no player e ouça Ivon Curi cantando “A Coisa”, que possuía o estranho subtítulo de “Pumpumpum”.

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Zé Bonitinho – Jorge Loredo

Zé Bonitinho, o perigote das mulheres

Zé Bonitinho, o perigote das mulheres

Zé Bonitinho, o perigote das mulheres; aquele que não é cartão de crédito, mas que todas querem agarrar. Essa foi uma das muitas forma com que o personagem interpretado por Jorge Loredo entrava em cena. “Zé Bonitinho, o perigote das mulheres, aquele que…”
Tudo nele era exagerado: o topete, os óculos, o pente, a autoadmiração, os trejeitos… E todas as mulheres derretiam-se pelo personagem que foi criado e escrito por Chico Anysio, mas cuja concepção fora de Loredo com base num amigo conhecido chamado Jarbas.  O personagem foi elaborado em 1959, especialmente para Jorge Loredo. Sua estreia deu-se no programa  Noites Cariocas, na TV-Rio.
Diante de fantástico sucesso, Glauco Ferreira e Márcio Barcelos compuseram a marchinha intitulada “Eu sou Zé” para o carnaval de 1960. E a voz não poderia ser outra a não ser a do próprio Zé Bonitinho.
Clique no player e ouça Jorge Loredo com seu inigualável Zé Bonitinho cantando “Eu sou o Zé”.  

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Nobre Colega – Jorge Loredo – 1960

O Nobre Colega - Mendigo interpretado por Jorge Loredo

O Nobre Colega – Mendigo interpretado por Jorge Loredo

Aproveitando-se do enorme sucesso do seu personagem mendigo no programa  “Praça da Alegria”, na TV Rio – Canal 13 , Jorge Loredo (que, na época, iniciava a caminhada com o personagem Zé Bonitinho) foi convidado a gravar um samba-canção chamado “Nobre Colega”, de autoria de Edson Nobre.
Como coincidência ao nome do autor, “Nobre Colega” era forma como o personagem de Jorge Loredo cumprimentava Manoel de Nóbrega no banco da praça. Era um mendigo
estiloso, que usava monóculo e polainas rasgadas, que pronunciava algumas palavras ora em inglês, ora em francês.
Clique no player e ouça a música do Nobre Colega cantada pelo genial  por Jorge Loredo, em gravação de 1960.

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Peço a palavra!

DEputado baiano 2Peço a palavra! foi uma marchinha de carnaval gravada em 1959, composta por Max Nunes e J. Maia, aproveitando o sucesso do personagem Deputado Baiano do programa Boate do Ali Babá da Rádio Tupi. O personagem era interpretado pelo humorista e comediante baiano Mário Tupinambá, nascido em Nazaré das Farinhas. Clique no player para ouvir. 

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Bate-papo com Silveira Sampaio

Silveira Sampaio

Silveira Sampaio

Silveira Sampaio (1914-1964), médico pediatra, autor teatral, ator, roteirista e apresentador, foi o pioneiro do talk-show no Brasil. Seu primeiro programa em TV chamou-se “Pessoalmente com Silveira Sampaio” que foi veiculado pela TV-Rio, em 1957. Pouso tempo depois o programa passou a se chamar “Em busca do bate-papo perdido”. Ainda no mesmo ano, Silveira Sampaio lançaria em São Paulo, pela TV Record, o programa “Bate-papo com Silveira Sampaio”. A receita era simples: durante 30 minutos, Silveira Sampaio conversava com uma pequena plateia no auditório comentando sobre atualidades. Fala sobre tudo: cinema, futebol, teatro, economia, mundo moderno e, sobretudo, política. Muitas vezes, ele pegava um telefone e simulava uma conversa satirizando seu interlocutor. Uma de suas principais vítimas desses “telefonemas” era Carlos Lacerda, então, governador do Rio de Janeiro, a quem Silveira Sampaio tratava simplesmente por Carlos. .Inteligente, bem articulado, culto e com uma peculiar ironia, em pouco tempo Silveira Sampaio tornou famosos seu programa. Jô Soares, ainda em início de carreira, foi seu redator, chegando também a colaborar em reportagens internacionais. Em 1961, já na TV Paulista, ele estrearia “S.S. Show”, passando a trabalhar com entrevistas diárias. Ouça um trecho de “Bate-papo com Silveira Sampaio”, de 1960, que foi gravado em disco e lançado com o mesmo título.

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