Humor Brasileiro

Adoráveis Trapalhões

Os Trapalhões estreia na TV Exelcior

Adoráveis Trapalhões
TV Excelsior – de Outubro/1966 a Maio/1967Adoráveis Trapalhões 2

 Em Agosto de 1965, a TV Record de São Paulo havia estreado o programa Jovem Guarda, nas tardes de domingo, sob o comando de Roberto Carlos. Com o sucesso daquele  programa, a TV Excelsior resolveu combater a concorrente utilizando-se da mesma fórmula: um programa aos domingos, feito para jovens, apresentado por Wanderley Cardoso, que estava estourado nas paradas de sucesso com a música O Bom Rapaz.

comp (6)Surgia, assim, em Março de 1966 o Excelsior a Go-Go.

Revista Intervalo - 1966

Revista Intervalo – 1966

Porém, Wanderley ficou pouquíssimo tempo à frente do Excelsior a Go-Go, que passaria o comando a Jerry Adriani e Luiz Aguiar.

Revista Intervalo - 1966

Revista Intervalo – 1966

Para Wanderley estava reservado um programa noturno, às quintas-feiras. De início, ele dividiu com a cantora Rosemary a apresentação de Juventude e Ternura. Mas, apesar da fama dos dois, o programa não deslanchou.

Revista Melodias 1966

Revista Melodias 1966

Coube ao diretor Wilton Franco (1930–2012) encontrar uma fórmula para utilizar Wanderley Cardoso e toda a sua fama.

Wilton Franco

Wilton Franco

Segundo o livro Os Adoráveis Trapalhões, de Luís Joly e Paulo Franco, Wilton considerava que um programa de 60 minutos era tempo demais para ser apresentado por uma dupla de  cantores. Era preciso dividir a responsabilidade e ampliar as possibilidades. Pensou-se, então, em Ted Boy Marino (Mário Marino 1939–2012), calabrês criado na Argentina, lutador de luta-livre. Ted Boy Marino era ídolo do Tele-Catch da TV Excelsior. blog_ted-boy
À dupla, Wilton juntou o ator, comediante e cantor Ivon Cury (1928–1995).

Ivon Cury

Ivon Cury

Era preciso encontrar alguém que pudesse dar a tônica do humor. Depois de rejeitar a ideia de se trazer Costinha – muito por causa da censura que já era implacável naquela época – Wilton optou por buscar um comediante mais novo. A escolha recaiu sobre Renato Aragão, que já fazia sucesso na TV Tupi.

Renato Aragão

Renato Aragão

A fórmula era simples: Wanderley o galã/cantor; Ivon o cantor/ponderado; Ted Boy, o bom de briga e Renato, o palhaço do quarteto.Adoráveis TrapalhõesO texto ficaria por conta de Emanoel Rodrigues em parceria com o próprio Renato Aragão. Depois muita discussão, surgiu quase sem querer o nome do quarteto: Adoráveis Trapalhões.
O programa estreou em Setembro/1966. Era feito ao vivo duas vezes por semana. Às terças no Rio; quintas, São Paulo.  Em duas ou três semanas o programa já era sucesso no Rio, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Minas e Rio Grande do Sul.

Folha de São Paulo - 1966

Folha de São Paulo – 1966

Em Março/1967 aconteceria a primeira alteração. Ted Boy Marino iria para a TV Globo, que havia adquirido os direitos do Telecatch Montilla.

Última Hora - 1967

Última Hora – 1967

Wilton agiu rápido e buscou uma solução até então impensável: um toque feminino na quarteto. E esse toque tinha um nome: Vanusa. 

Vanusa

Vanusa

1967- Prá nunca mais chorar-Vanusa

Compacto-simples de Vanusa 1967

 Vanusa (Vanusa Santos Flores) vinha se apresentando no Jovem Guarda, da TV Record, e com a música Pra Nunca Mais Chorar nas paradas de sucesso.
Assim, a loiríssima Vanusa substituiu o loiríssimo Ted boy Marino inclusive nas famosas lutas, que eram comuns nas aventuras do quarteto.

O Cruzeiro - 1967

O Cruzeiro – 1967

O programa manteve-se no ar até Maio/1967, mas com a saída de Renato Aragão, contratado pela TV Record, não havia mais por que mantê-lo.
Aragão levaria ainda mais dois comediantes que costumavam atuar em Adoráveis Trapalhões: seu amigo, palhaço de circo, Dedé (Manfried Sant’Anna) e o ex-programador da TV Excelsior Roberto Guilherme (que depois viria a ser o Sargento Pincel em Os Trapalhões).
Chegava ao fim o cicio dos Adoráveis Trapalhões, mas todos nós sabemos que estava para se iniciar outro ciclo, muito mais duradouro, apenas sem o termo “adoráveis”.            

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As escolinhas

Escolinhas

Vários ambientes já foram escolhidos para um esquete ou até mesmo um programa de humor: hospital, delegacia, hotel, edifício, praça, etc. Mas, sem dúvida, o mais marcante, e o que mais proliferou, foi o ambiente de uma escola. O termo escolinha surgiu em 1935 por ocasião da criação da Escolinha da Dona Olinda, de Nhô Totico, para a Rádio PRE-4 Rádio Cultura de São Paulo. Dali em diante surgiram inúmeras outras com os mais variados nomes, professores e alunos.

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1935 – Escolinha da Dona Olinda
Rádio Record (depois Rádio Cultura e Rádio Kosmos [Rádio América])
Criação e interpretação de Nhô Totico [Vital Fernandes da Silva]

 

1936 – Cenas Escolares
Rádio Transmissora Brasileira – PRE-3
Criação de Renato Murce. Elenco:Almirante, Lauro Borges, Castro Barbosa e Renato Murce.
O programa Cenas Escolares foi para a Rádio Nacional. Em 1940, o criador Renato Murce foi obrigado a mudar seu nome. O motivo foi a reclamação de ouvintes à Associação dos Pais de Família. A associação foi ao DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que havia sido criado em 1939 no Estado Novo, governado por Getúlio Vargas. Mesmo sob protesto da imprensa, o programa foi retirado por ser considerado ofensivo á moral dos professores. Mas Renato Murce voltaria com a mesma estrutura batizada de Piadas do Manduca (que era um dos alunos, interpretado por Lauro Borges). A diferença é que a “aula” não acontecia mais numa escola e sim na casa de uma abnegada e já aposentada professora, a dona Teteca. O programa manteve-se no ar por 25 anos.  

 

1940 dn Escola Risonha e Franca Tupi Rio1940 – Escola Risonha e Franca
Rádio Tupi-RJ
Criação de Lourival Reis. Elenco: Lourival Reis [Professor Zé Bacurau] e elenco da emissora.

 


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1942 – Escola Risonha e Franca
Rádio Record
Criação de Gilberto Martins (também escrito por Octávio Gabus Mendes e Osvaldo Molles). Elenco: Octávio Gabus Mendes, Vicente Leporace, Gióia Jr., Adoniran Barbosa [cujo personagem era o menino Barbosinha Mal-Educado da Silva].

 

1952 – Escolinha do Professor Raimundo
Rádio Mayrink Veiga – 
Quadro em A Cidade Se Diverte
Criação de Haroldo Barbosa. Elenco: Chico Anysio, Afrânio Rodrigues, Zé Trindade, Germano [(João Fernandes] e Antônio Carlos Pires.

 

1957 – Escolinha de Morte
TV Record

Criação de Waldomiro Barone. Elenco: Pimentinha [Walter Seyssel], Durval de Souza, Gilberto Chagas, J. Gianotti, Joãozinho.

 

1957 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Rio

Quadro em Noite Cariocas. Criação: Chico Anysio. Elenco: Chico Anysio, Castrinho, João Loredo [irmão de Jorge “Zé Bonitinho” Loredo], Vagareza e Ary Leite.

 

Escolinha da Juju - Última Hora - 1958

Escolinha da Juju – Última Hora – 1958

1958  – Escolinha da Juju
TV Rio
Criação de João Loredo e textos de Pedro Anísio. Elenco: Henriqueta Brieba, Zezé Macedo, Martin Francisco, Jorge Loredo, Fernanda de Oliveira, Paulo Rodrigues, Edgard Vasconcelos e Sérgio Murilo.

 

O Professor e D. Gegé

O Professor e D. Gegé

1959 – Escola para Adultos
Quadro em Super Show (TV Tupi Rio) e depois A Cidade se Diverte (TV Rio/ TV Record)
Criação de Chico Anysio. Elenco: Antônio Carlos Pires [Professor] / Sônia Lancelotti [Dona Gegé], no Rio. Líria Marçal [Dona Gegé], em SP.

 


Escolinha de Grupo - 1962 TV Paulista
1961 – Escolinha de Grupo
TV Paulista
Criação de Manoel de Nóbrega. Elenco: Borges de Barros, Luiz Pini, Isaura Gomes, Gilberto Garcia, Clayton Silva, Roberto Barreiros, Daniel Guimarães.

 

Valery Martins, Germano e Negativo

Valery Martins, Germano e Negativo

1960 – Escolinha do Burraldo
TV Record –Quadro em Grande Show União
Elenco: Germano [João Dias Lopes] como Burraldo; Valery Martins, a professora; Negativo e Tubinho, outros dois alunos.

 


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1967 – Escolinha do Golias
TV Record – Quadro em È uma graça, mora!

Criação: Carlos A. de Nóbrega. Elenco: Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Ana Maria Soeiro e Patty Brown.

 

1973 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo – 
Quadro em Chico City
Criação de Chico Anysio. Elenco: Antônio Carlos Pires, Grande Othelo,  Lúcio Mauro, Mário Tupinambá, Walter D’Ávila, Castrinho, entre outros.

 

1982 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo –  
Quadro em Chico Anysio Show
Criação de Chico Anysio. Elenco: Inclusão de Milton Carneiro, Lupe Gigliotti e Luiz Delfino.

 


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1988 – Escolinha do Prof Raimundo
TV Globo
Criação de Chico Anysio. Elenco com inclusão de Cláudia Jimenes, Tom Cavalcante, David Pinheiro, Pedro Bismarck, Zilda Cardoso, Fafy Siqueira, Brandão Filho, Zezé Macedo, Olney Cazarré, Lug de Paula, Nizo Neto, Marcos Plonka, Orlando Drummond, Stela Freitas, Tássia Camargo, Rogério Cardoso, Ivon Cury, Francisco Milani, Nádia Maria, Nélia Paula, Roni Cócegas, José Vasconcellos, entre muitos outros.

 

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Ronaldo Golias (Pacífico) e Nair Bello (Pazza)

1991 – Escolinha do Golias
SBT

Criação de Carlos A. de Nóbrega. Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Patrícia Opik, Nair Bello. Posteriormente Consuelo Leandro e Marta Pessoa.

 


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TV Record
Criação de José Sampaio. Com Jorge Loredo, Davi Pinheiro, Castrinho, Tiririca, Orival Pessini, Iran Lima, Marcos Plonka, José Vasconcellos, João Elias entre outros.

 

2005 – Escolinha do Beto Carrero
SBT

 

2006 – Escolinha do Leão
Band – Quadro do Programa Gilberto Barros

 


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2008 – Escolinha Muito Louca
Band
Idealizado por Hélio Vargas. Com Sidney Magal, Orival Pessini, Pâmela Côto, Wesley Crespo, Rafa Melo, Kaká de Lima, Murilo Flores, Ricardo Côrte Real, entre outros.

 

 

Nina (Marley Cevada) e Ratinho

Nina (Marley Cevada) e Ratinho

2011 – Escolinha do Ratinho
SBT – Quadro do Programa do Ratinho

 

 

Índia Potira (Cinthia) e Gugu

Índia Potira (Cinthia Santos) e Gugu

2011 – Escolinha do Gugu
TV Record – Quadro do Programa do Gugu
Idealização de Homero Sales. Com Gugu, Orival Pessini, Eliezer Motta, Iran Lima , Marcos Plonka , João Elias,  entre outros.

 

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Nhô Totico e a 1ª escolinha

Nhô Totico, criador da primeira escolinha no rádio

Nhô Totico, criador da primeira escolinha no rádio

Nome completo: Vital Fernandes da Silva
Nascimento 10/05/1903 Descalvado – SP
Falecimento 04/04/1996 – São Paulo – SP 

Filho de imigrante italiana e de músico baiano, Vital Fernandes da Silva teve sua primeira experiência artística já aos 4 anos de idade na pequena cidade de  Descalvado, interior de São Paulo. Seu pai – que se tornara sócio do cinema da cidade – fazia acompanhamento musical durante a exibição dos filmes mudos. Isso deu oportunidade para que Vital e algumas outras crianças enriquecessem as cenas criando efeitos sonoros atrás da tela.
Veio para São Paulo aos 10 anos acompanhando a família. Um ano depois foi apresentado aos Frades do Convento de São Francisco, instituição localizada ao lado da Faculdade de Direto do Largo São Francisco. Ali, Vital começou a cuidar a encenar e dirigir peças teatrais. Notabilizava-se pela facilidade em lidar com o humor e não demorou a se tornar humorista oficial da turma de direito do diretório acadêmico XI de Agosto. O jornal Correio Paulistano de 27/05/1926 registra sua participação em evento organizado pela Associação de Ex-Alunos Salesianos.     

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Embora mantivesse o sonho de ser artista, Vital conseguiu emprego  na Repartição de Águas e Esgotos. Em 1932, com o inicio da revolução, ingressou nas tropas paulistas e foi enviado para o interior do estado. Com o final da revolução, retornou à capital onde tentou fazer um teste na Rádio Educadora Paulista, ocasião em que, pela primeira vez utilizou o pseudônimo de Nhô Totico, com base em seu apelido de infância: Totó.
O teste foi um fiasco, segundo declarações do próprio Nhô Totico. Mas logo em seguida ele seria levado pelas mãos de Enéias Machado de Assis, radialista e estudante de Direito, a conhecer Olavo Fontoura, jovem diretor e proprietário de uma rádio clandestina chamada DKI, A Voz do Juqueri. Em novo teste e já com o pseudônimo Nhô Totico, ele improvisou um rápido teatrinho fazendo todas as vozes dos personagens e também os efeitos especiais. Isso lhe valeu espaço para apresentar um programa na emissora, embora sem remuneração. O nome do programa era XPTO – Vila da Arrelia (sendo XPTO, à época, era uma sigla que considerava, de forma jocosa, algo magnífico). 

Correio Paulistano 24/11/1934

Correio Paulistano 24/11/1934

Em 1934 a rádio deixaria de ser clandestina, surgindo, então, a Rádio Cultura de São Paulo, PRE-4, onde NHô Totico, além de continuar com seu XPTO Vila da Arrelia, também lançou DKI, Nhô Totico em Jerusalém de DKI e As peripécias de Nhô Totico. Nesse programa, Nhô Totico criava e interpretava todos os personagens: Caropita, uma italiana que estava louca para se casar. Esse personagem possuía o bordão “é sortero ô cajado?”, que se tornou famoso. Outros personagens eram Beppo, pai de Caropita; Manoel, amigo da família; Salim, o homem da prestação; Sayamoto, o motorista e o nordestino Soldado 39. Nhô Totico não fazia o texto previamente. Tudo ia surgindo de improviso. O sucesso de Nho Totico era tão grande que Rádio Cultura era chamada de “a rádio do Nhô Totico”. 

Correio Paulistano 1935

Correio Paulistano 1935

No ano seguinte, Nhô Totico foi contratado pela Rádio Record e ali, sempre em total improviso, surgiu a Escolinha da Dona Olinda, o primeiro programa com esse tipo de formato. Da mesma forma como fizera em seu primeiro programa na Rádio Cultura, ele criou e interpretava todos os personagens da Escolinha de Dona Olinda. E, como sempre, na base do improviso. Os alunos representavam um painel da sociedade Brasileia na época: Chiquinho, menino da cidade, inteligente; Chicote, garoto nordestino, valentão; Chicória, filho de italianos, torcedor do Palestra Itália; Jorginho, filho de turcos que tinham uma “lojinha”; Sebastião, o menino caipira, e Soko, o garoto japonês. O sucesso de Chiquinho, Chicote e Chicória era tão grande que os três tiveram um programa só seu. 

Estadão 08/11/1936

Estadão 08/11/1936

Em 1938, já consagrado com sua escolinha, Nhô Totico retornou à Rádio Cultura, cujo auditório recém construído havia recebido o nome de Palácio do Rádio. De início voltou apresentando seu XPTO – Vila da Arrelia, às 22 horas. A emissora recebeu pedidos para que ele voltasse a fazer seu programa infantil. Duas semanas depois, Nhô Totico passaria a ter jornada dupla na emissora: além do programa noturno ele passou a ter outro, vespertino. Aliás, Nhô Totico vivia, na verdade, jornada tripla, pois jamais abriu mão de seu emprego na repartição. Inicialmente, o programa infantil contava as aventuras do detetive Nhô Totico e seu cão Perdigueiro no combate à terrível Quadrilha de Aço. Mas logo em seguida ele voltaria com sua escolinha. 

Correio Paulistano 1938

Correio Paulistano 1938

Ao voltar com a Escolinha de D. Olinda, Nhô Totico foi informado sobre a impossibilidade de usar os nomes Chiquinho, Chicote e Chicória, os três personagens mais famosos. Motivo: a Rádio Record registrara tais nomes. Os personagens foram, então, rebatizados. Em lugar de Chiquinho, Chicote e Chicória surgiram Minguinho, Mingote e Mingau. Mudavam os nomes, mas o sucesso seria o mesmo. nho_totico

 

Nhô Totico e sua trupe era cada vez mais solicitada para participação em eventos artísticos. Divide o palco com celebridades da música como Carmem [e sua irmã Aurora] Miranda e Francisco Alves. Afinal, todos querem ver aquele homem que, sozinho, era um elenco inteiro.
Vez por outra, Nhô Totico trazia à escolinha a sua formação católica: “Menino, preste atenção à aula. Na escola e na missa não se olha para trás”, dizia D Olinda. 

Nh-- Totico

Em 1940, tornou-se contratado exclusivo da Gessy–Lever, considerado, até então, o maior contrato do meio radiofônico, consequência natural do seu enorme sucesso. Segundo o jornal Correio Paulistano de 17/09/1940, mais de mil fãs iam diariamente ao estúdio do Palácio do Rádio para assistir ao humorista.  Na mesma época, Nhô Totico passava a apresentar seu programa também pela Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro. Nho-Totico-anuncio-Gessy

Em Janeiro de 1941 seria obrigado a dar uma pausa em suas atividades em virtude do falecimento de D. Catharina, sua esposa. Embora o conteúdo do programa fosse simples e inocente, Nhô Totico não perdia a oportunidade para alfinetar o governo Getúlio Vargas.  Certa vez, sua D. Olinda, em plena aula, vociferou “fica quieto, menino, se não você vai ficar de castigo e ouvir a Hora do Brasil”. 

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Nova mudança de emissora aconteceria e a 07/09/1949 as edições da Folha da Manhã e da Folha da Noite anunciavam a estreia de Nhô Totico na Rádio América. No ano seguinte ele seria agraciado com o Troféu Roquette Pinto como melhor humorista de rádio. 

Folha da Manhã 09/07/1947

Folha da Manhã 09/07/1947

Em 1960 encerraria sua carreira no rádio, tendo, nesse meio tempo, também uma passagem de uma temporada no rádio de Minas Gerais.
O ano de 1960 também marcaria seu ingresso na televisão, através da TV Excelsior de São Paulo. Ali permaneceria até 1962 quando, então, encerrou sua carreira, sendo, vez por outra, convidado para participações especiais em programas de rádio e TV. Rolando Boldrin, em seus tempos de TV Globo, levou-o várias vezes ao seu programa Som Brasil. E Nhô Totico, já com mais de 80 anos, revivia seus personagens, como sempre, de improviso. 

São Paulo na TV - 1960

São Paulo na TV – 1960

Segundo Rolando Boldrin, Nhô Totico, antitabagista convicto costumava enviar um cartão a seus amigos fumantes com uma piadinha rápida: “Burro fuma? Não! Logo, o burro é mais inteligente que você”.
Nhô Totico faleceu em 1996 tendo ao lado a sua segunda esposa, D. Jutta Hetel Fernandes da Silva, com que se casara em 1946. 

PRINCIPAIS TRABALHOS EM HUMOR NO RÁDIO E NA TELEVISÃO:

XPTO Vila da Arrelia – Rádio Cultura – 1934

DKI – Nhô Totico em Jerusalém – Rádio Cultura – 1934

DKI – Nhô Totico e suas peripécias – Rádio Cultura – 1934

Chiquinho, Chicote e Chicória – Rádio Record – 1935

Escolinha da D. Olinda – Rádio Record – 1935

Nhô Totico detetive – Rádio Cultura – 1938

Escolinha da D. Olinda – Rádio Cultura – 1938

XPTO Vila da Arrelia – Rádio Cultura – 1938

Programa Nhô Totico – Rádio Mayrink Veiga – 1940

Programa Nhô Totico – Rádio América – 1947

Programa Nhô Totico – Rádio Inconfidência – 1950

 Programa Nhô Totico – TV Excelsior – 1960

Clique no player e ouça um trecho da Escolinha da Dona Olinda de 1947 interpretada por Nhô Totico.

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Miss Campeonato

Capa

MISS CAMPEONATO
Rádio Mayrink Veiga – 1957 a 1964
TV Paulista – 1957 a 1965
TV Tupi-Rio – 1960/1961
TV Gazeta-SP – 1974

Foi Stanislaw Ponte Preta [Sérgio Porto] quem melhor soube traduzir e mesclar três das principais paixões do homem brasileiro: futebol, humor e mulher. É bem verdade que se dependesse de Stanislaw seriam cinco as paixões: futebol, humor, mulher, mulher e… mulher.

Stanislaw Ponte Preta

Stanislaw Ponte Preta

A trinca de paixões foi misturada numa ideia simples, inicialmente para o rádio e apenas para o Rio de Janeiro, que resultou num programa de sucesso absoluto: Miss Campeonato. Tratava-se de satirizar o que ocorria no Campeonato Fluminense utilizando-se para isso um elenco de comediantes, cada um representando um time do Rio. Todos eles contracenavam com a Miss Campeonato, que simbolizava a taça disputada, e que seria interpretada por uma atriz. Como não poderia deixar de ser, a rádio escolhida foi a Mayrink Veiga, emissora em que Stanislaw Ponte Preta trabalhava na época. Coube a Rose Rondelli, atriz e vedete, e uma das Certinhas do Lalau, dar voz à Miss Campeonato. Voz e corpo, pois o programa era feito no grande auditório da PRA-9 e Rose, para delírio do público masculino, apresentava-se de maiô com uma pequena saia, um colírio para a época.

Revista do Rádio nº 416

Revista do Rádio nº 416

A primeira exibição de Miss Campeonato deu-se em 22/07/1957 e rendeu excelentes comentários em jornais e revistas.

Jornal do Brasil – 25/07/1957

Radiolândia Julho/57

Radiolândia Julho/57

O elenco de comediantes da PRA-9, Rádio Mayrink Veiga, era o que havia de melhor. Todas as segundas-feiras subiam ao palco Zé Trindade (Flamengo), Duarte Moraes (Vasco), Geraldo Alves (Botafogo), Mário Senna (Fluminense), Altivo Diniz (América), Matinhos (Bangu), Macedo Neto (São Cristóvão), Ema D’Avila (Portuguesa), Antônio Carlos Pires (Canto do Rio) e Jaime Filho (São Cristóvão).1959 RR 504

O sucesso quase imediato de Miss Campeonato no rádio fez com que o mesmo programa viesse para a televisão de São Paulo. Stanislaw Ponte Preta passou a bola da sua criação para Aloysio Silva Araújo (companheiro na Rádio Mayrink Veiga), que ficou incumbido de desenvolver o programa televisivo.
A escolha a Miss Campeonato em São Paulo recaiu sobre outra Certinha do Lalau: Carmem Verônica. A emissora era aquele em que Aloysio trabalhava: TV Paulista Canal 5. E o elenco não poderia ser melhor: Ronald Golias (São Paulo), Borges de Barros (Corinthians), Walter Ribeiro dos Santos (Palmeiras), Luiz Pini (Santos), Daniel Guimarães (Portuguesa), Chocolate (Ponte Preta), Canarinho (Guarani) e Homem de Mello (XV de Piracicaba). 

1957 Carmem Verônica e Golias no Miss Campenato 11957 Carmem Verônica e Golias no Miss Campenato 3

O programa era ambientado num hotel, chamado FPF Hotel, cujo gerente era Seo Falcolino (Osmano Cardos) numa evidente menção a João Mendonça Falcão, presidente da federação paulista à época.

Carmem Verônica no Miss Campeonato 5

O programa estreou em 12/11/1957 e logo recebeu uma boa crítica em revista.

Revista do Rádio 16/11/1957

Revista do Rádio 16/11/1957

Com os dois programas no ar, Carmem Verônica e Rose Rondelli se transformaram quase numa só. Houve vezes em que Rose Rondelli, por motivo de força maior, precisou ser substituída. E a substituta não poderia ser outra a não ser Carmem Verônica. Assim, como diria Stanislaw, Carmem Verônica era a Rose Rondelli de S. Paulo e Rose Rondelli era a Carmem Verônica do Rio.

Zé Trindade, Carmem Verônica e Rose  Rondelli

Zé Trindade, Carmem Verônica e Rose Rondelli

Em meados de 1958 Carmem Verônica deixa o programa da TV Paulista e Rose Rondelli passa a ser a Miss Campeonato tanto no Rio quanto em Sampa.

Revista do Rádio 1958

Revista do Rádio 1958

Ainda no mesmo ano é ela quem entrega a taça do torneio Roberto Gomes Pedrosa à equipe do Santos FC.

Diário da Noite - 1959

Diário da Noite – 1959

Em 1959 outro mudança no programa da TV Paulista. Rose Rondelli deixa o programa e em seu lugar entra Célia Coutinho, também uma das Certinhas do Lalau. O campeonato paulista de 1959 foi decidido apenas no início de 1960 com a vitória do Palmeiras, que foi – no programa – quem levou a Miss Campeonato para o altar.

Radiolândia - Jan/60

Radiolândia – Jan/60

Já no Rio de Janeiro a Miss Campeonato Rose Rondelli entregava a taça de campeão de 1959 ao Fluminense. 1960 RR 542

O sucesso do programa da PRA-9 fez com que a concorrência procurasse seguir a mesma fórmula, utilizando humor e futebol. O exemplo está na todo-poderosa Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que tentou emplacar um programa semelhante, porém sem o atrativo feminino. 

Revista do Rádio 1959

Revista do Rádio 1959

No final do primeiro semestre de 1960 a TV Tupi do Rio passava também a transmitir Miss Campeonato com base no Campeonato Fluminense. Rose Rondelli, que voltara a apresentar o programa em São Paulo, era, então, três vezes Miss Campeonato: na Mayrink Veiga, na TV Paulista e na TV Tupi-Rio.

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 Clique no vídeo abaixo e veja Zé Trindade, em depoimento, falando sobre Rose Rondelli, a Miss Campeonato

Em 1961 era a vez de outra Certinha do Lalau assumir o programa Miss Campeonato na TV Paulista: Irma Álvarez, que ficaria até o início de 1962.

1962 rr 644Na segunda metade de 1962 o programa da TV Paulista não seria mais ambientado num hotel e sim numa pensão, a pensão da D. Liga, a mãe da Miss Campeonato. Anilza Leoni , outra Certinha do Lalau, era a nova miss e com um elenco todo renovado para as temporadas de 1962 e 1963.

Foto cedida por Clayton Silva

Foto cedida por Clayton Silva

Na foto acima, de 1963, vemos em pé: Farid Riskalla (Ferroviária); Roberto Barreiros [dulador de vozes de personagens de desenho animado, como Pepe Legal, Babalu, Tartaruga Touché, Hardy “ó vida, ó azar?, Jambo e Ruivão, os dois] (Corinthians); Hélio Athia (Botafogo-RP) e Luís Pini (Santos). No meio: Daniel Guimarâes (Portuguesa), Cláudio Moreno (São Paulo), Anilza Leone [uma das certinha do Lalau] (a Miss), Manoel Inocêncio (Palmeiras) e Diamantina Gomes (dona da pensão e mãe da miss). Agachados:Gilberto Garcia [pai da atriz Isabela Garcia], Francisco Serrano (Bola de Meia, ajudante e garçom da pensão)  e Clayton Silva [tou de olho no senhô] (Juventus). Assim como o programa do Rio de Janeiro, o Miss Campeonato de São Paulo, mesmo depois de 6 anos, continuava sendo atração nas revistas.

Revista Intervalo - 1963

Revista Intervalo – 1963

Em 1964 houve mudanças tanto na TV quanto no rádio. Na TV Paulista seria a vez de Marly Marley, a primeira que não era uma das Certinhas do Lalau, a assumir o Miss Campeonato indo até o ano de 1965.

Revista do Rádio 1965

Revista do Rádio 1965

 Já na Rádio Mayrink Veiga houve primeiro a contratação de Sônia Ferreira, outra que não esteve na listas das Certinhas.

Revista do Rádio 1964

Revista do Rádio Nº 788 1964

Logo em seguida Lígia Rinelli, outra Certinha do Lalau, a última Miss Campeonato do Rádio.

Revista do Rádio 1964

ERevista do Rádio Nº 786 1964

Em 1965, na TV Paulista, uma gaúcha, também uma Certinha do Lalau, seria a última Miss Campeonato: Lueli Figueiró.

Revista do Rádio 1965

Revista do Rádio 1965

Em 1974, a TV Gazeta de São Paulo fez uma tentativa de reapresentar o Miss Campeonato com Lucimara Parisi no papel principal.

Lucimara Parisi na TV Gazeta

Lucimara Parisi na TV Gazeta

O programa ficou no ar por apenas três meses sem, obviamente, conseguir atingir o sucesso dos anos 60/70. 

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Aloysio Silva Araújo

 

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Nome completo: Aloysio Silva Araújo
Nasceu: 18/06/1910 – Nova Friburgo – RJ
Faleceu: 03/06/1974 – São Paulo – SP 

Neto do fundador do Laboratório Silva Araújo – criador do Vinho Reconstituinte Silva Araújo –, Aloysio [cuja grafia do nome também é encontrada como Aloísio e Aluísio] chegou a fazer até o 4º ano da faculdade de Direito. Porém, com o falecimento de sua mãe o fez largar a faculdade, pois estava lá apenas para contentá-la. Daí para frente passou a se dedicar exclusivamente à sua verdadeira paixão: a música, através do piano. 

1951 Aloysio Jornal das Moças 3  ao piano 2

Entrou para o rádio em 1933, como pianista, na Rádio Educadora do Brasil-RJ.

1933 Aloysio programa OK

Jornal “A Batalha” – 1934

No entanto, uma queda durante um jogo de futebol o impediu de continuar tocando piano. Mas não o impediria de escrever à máquina. Tanto é que em 1934 estrearia pela Rádio Cajuti-RJ – PRE-8 – uma das suas mais famosas criações: Cadeira de Barbeiro.

1934 DN Aloysio cadeira de barbeiro cajuti

Diário da Noite – 1934

Em 1936 veio para a Rádio São Paulo, PRA-5, participando do programa “Teatro Alegre”,  onde criou e interpretou novo personagem de sucesso: Seo Libório, o bêbado.

1939 Aloysio o seu libório

O Carioca – 1936

Mesmo assim, não abandonava a música, compondo canções que seriam gravadas por vários cantores e cantoras.

1939 Aloysio compositor

O Carioca – 1936

Em 1941 trouxe de volta o programa que lhe traria o sucesso definitivo no rádio brasileiro: Cadeira de Barbeiro. Em Cadeira de Barbeiro, Aloysio interpretava Papanatas – o fígaro – , que comentava sobre a situação do país com seu cliente. Sua primeira “vítima” foi Manoel de Nóbrega, que se tornou parceiro em diversas outras empreitadas.

Aloysio e Nóbrega - 1944 - DN

Dia´rio da Noite – 1944

Cadeira de Barbeiro era uma crítica ao momento político, social e econômico. Retratava o que acontecia na cidade e no país. Seu sucesso foi tão grande em São Paulo que Aloysio não tardou a levá-loa para o Rio de Janeiro, que – à época – era a capital federal do país. Ali o programa  ganhou outros personagens. Além do freguês [interpretado por Otávio França], havia também o engraxate [interpretado pelo comediante Matinhos]. 

1949 Aloysio Matinho e Octávio França

Aloysio, Otávio França e Matinhos – Revista do Rádio – 1949

Papanatas, o personagem interpretado por Aloysio, recebia seus fregueses sempre com a frase “entra, não demora”. A frase tornou-se uma espécie de bordão do programa. 

1949 Aloysio 1

Revista do Rádio – 1949

 O sucesso do bordão propiciou, em 1945, a criação de uma marchinha carnavalesca de autoria de Aloysio Silva Araújo e Zé Trindade, interpretada por Aracy de Almeida e com a participação do Otávio França e o do próprio Aloysio. [OUÇA O ÁUDIO DA MARCHINHA DE CARNAVAL “ENTRA, NÃO DEMORA!” AO FINAL DE POST]  

1945 Aloysio entra não demora fon fon

Revista Fon Fon 1945

O programa Cadeira de Barbeiro foi veiculado tanto em rádio como em televisão, nos mais diversos prefixos, sempre com o mesmo sucesso.  

1946 Aloysio cadeira de barbeiro

1945 Sequência G3 1 (2)

 

 

1963 Cadeira de Barbeiro - Folha SP 11-09-1963

 Com a mesma facilidade com que criou Papanatas, Aloysio Silva Araújo criou vários outros personagens. Dentre eles está o Recrita 23,  “o soldado que já nasceu fora de forma”. Suas aventuras aconteciam em parceria com o Recruta 25, interpretado por Zé Trindade. Ambos levavam à loucura o “Seo Sarja”, o sargento interpretado por Urbano Lóes. 

1947 Aloysio e Zé Trindade na Mayrink

Zé Trindade e Aloiysio Silva Araújo nos microfones da Rádio Mayrink Veiga

 Criado em 1947, o Recruta 23 tornou-se rápido sucesso, a ponto de Aloysio interpretar seu personagem usando uniforme em pleno auditório da Rádio Mayrink Veiga.

Revista Fon-Fon 1953

Revista Fon-Fon 1953

 

1951 Aloysio recruta e atores

Urbano Lóes, Geraldo Carvalho, Aloysio e Macedo Neto durante exibição do programam Recruta 23. Revista Fon Fon – 1951

O recruta também foi transformado em fantasia e em marchinha para o carnaval de 1952, interpretada por Linda Rodrigues, uma composição de Zé Trindade e Aloysio Silva Araújo.

1952 Aloysio fantasia de recrita 23

Mas, nem tudo foram flores. Ao mesmo tempo em que o Recruta 23 alcançava altos índices de audiência no rádio muita gente sentia-se desconfortável com a sátira do personagem.

1952 Aloysio Fon-Fon 2360 pg 50 recruta 23 ameaçado de morte 1 - Cópia (30499225)

Isso fez com que Aloysio abandonasse o personagem, fato que ganhou capas e páginas de revista na época. 

1952 aloysio recruta 23 d

 

 

1959 Aloysio Silva Araújo o homem proibido 1

1961 Aloysio RR

 Não era a primeira vez que Aloysio sentia a mão forte da censura. O Recruta 23, o “fígaro” Papanatas e vários de sues personagens sofreram por causa das críticas que Aloysio colocava em seus textos.  

aloysio desabafo do proibido

Mas esses inconvenientes não eram capazes de frear sua criatividade nem sua sensibilidade. Aloysio continuava escrevendo…

1951 Aloysio Jornal das Moças 3 - Cópia (30499225)

.. e continuava sendo o mesmo pai de uma família adorável….

1946 Cadeira de Barbeiro Aluísio marcos fernando d lúcia e marta

1946 – Aloysio coma esposa, D. Lúcia, e os filhos Marcos, Fernando e Marta.

1952 Aloysio e famílçia jogo de botão

1952 – Aloysio diverte-se com a família jogando futebol de botão

… assim como continuava atuando como comediante em seus programas radiofônicos.

1951 Aloysio Fon-Fon foto recruta 23 - Cópia (2)

Aloysio, Selma Lopes, Neyda Rodrigues e Radamés Celestino durante exibição de um programam na Rádio Mayrink Veiga.

1945 Sequência G3 3

Urbano Lóes (o 1º à esquerda), Max Nunes (o 3º da esquerda para a direita) e Aloysio (o último à direita) em tempos de Sequência G# na Rádio Tupi do Rio.

Por causa do seu jeito amável e sempre simpático, era querido e respeitado por produtores, diretores e artistas. 

1945 Sequência G3 2

Aloysio: amabilidade e simpatia

Não houve quem não atendesse a qualquer pedido seu nem quem não defendesse com vontade e bom humor os seus textos.

1951 Aloysio e ciro monteiro fon fon 2

O cantor Ciro Monteiro e Aloysio Silva Araújo – 1952

1959 Aloysio e Chocolate em lotação ponto 5 tv paulista

Aloysio Silva Araújo contracena com o comediante Chocolate – TV Paulista – 1959 – Programa Lotação Ponto 5

1961 Aloysio e J Silvestre TV Rio o riso é o limite

Aloysio Silva ARaújo e o apresentador J. Silvestre – TV Rio – O Riso é o limite

1961 Aloysio e Maria Helena TV Rio O riso é o limte

Aloysio Silva ARaújo e a atriz Maria Helena – TV Rio – 1961 – O riso é o limite

 Aloysio passou por várias emissoras do Rio e de São Paulo, dentre elas: Rádio São Paulo, Rádio Cultura, Rádio Tupi-SP, Rádio Mayrink Veiga, Rádio Tupi-Rio, Rádio Nacional-RJ, Rádio Record, Rádio Nacional-SP, Rádio Bandeirantes, TV Paulista, TV Tupi, TV Rio, TV Excelsior. – ora criando novo programa, ora participando de programas apenas como autor. 

1940 Aloysio zé com sede pgm do almoço o iMPARCIAL1945 Folia na taba Aloysio dn1949 aloysio na band colégio1949 Aloysio na band restaurante  jornal de notícias1950 Aloysio expresso da alegria1951 aloysio 3 pgms na pra 91951 Sloysio cartas para Inácio1952 Aloysio e Leporace na record1955 aloysio aqui está o palco1955 aloysio e nóbrega banquete1957 Aloysio SP num te guento  Chocolate Farid Golias Walter Ribeiro - Cópia (30499225)1958 Aloysio e Peruzi miss campeonato1959 aLOYSIO E gOLIAS1959 Aloysio sp num te guento1960 Aloysio substitui Nóbrega na praça1960 Criação de Aloysio a Família BB1953 aloysio mesa quadrada 11953 aloysio mesa quadrada 21960 Produções de Aloysio em 19601961 Aloysio Silva Araújo 1961 (2) - Cópia1963 aloysio e zilda1965 Aloysio com Bibi

Uma curiosidade: quando em 1956 esteve à frente da direção artística da Rádio Clube de Ribeirão Preto, a famosa PRA-7, Aloysio apostou que no duelo Come-Fogo [Comercial x Botafogo de Ribeirão Preto], o Comercial, clube pelo qual tinha simpatia, sairia vencedor. Caso não o fosse, ele comeria grama em plena praça pública. Pois o Comercial perdeu, e então… 

1956 Aloysio e a aposta

Em 1964, dedicando-se à pintura, deixou seis quadros seus expostos na Galeria Astreia.Aos poucos foi se afastando do rádio e da tevê.  Mas teve tempo ainda de ver sua filha, Marta, iniciar a carreira de cantora.

Marta 1

Revista do Rádio 1965

Marta 2

Revista do Rádio 1965

1967 Marta silva araújo aloysio

Revista Intervalo 1967

 Faleceu em 1974 e sua morte foi sentida em todo o meio artístico. O programa “Viagens para a Vida”, apresentado pela atriz Vida Alves, pela TV Record de São Paulo, foi totalmente dedicado à sua memória. Ali compareceram Manoel de Nóbrega, Chocolate, Walter Ribeiro dos Santos, Zilda Cardoso, e vários outros artistas, com o intuito de prestarem homenagem à vida e á obra não só de um grande profissional, mas de um grande amigo.

PRINCIPAIS TRABALHOS EM HUMOR NO RÁDIO E NA TELEVISÃO:

Cadeira de Barbeiro – Rádio Cajuti-RJ – 1934

Teatro Alegre – Rádio São Paulo – 1937

Foles – Rádio Kosmos – 1939

Programa do almoço – Rádio Mayrink Veiga – 1940

Cadeira de Barbeiro – Rádio Gazeta-SP – 1941

Audições Rataplan – Rádio Tupi-RJ – 1945

Folias na Taba – Rádio Tupi-RJ – 1945

Programa Aloysio Silva Araújo – Rádio Mayrink Veiga – 1947

Programa Aloysio Silva Araújo – Rádio Nacional – 1948

Restaurante Sublime Indulgência – Rádio Bandeirantes – 1949

Colégio da Folia – Rádio Bandeirantes – 1949

Expresso da Alegria – Rádio Bandeirantes – 1950

Recruta 23 – Rádio Mayrink Veiga – 1951

Ritmo  e Alegria – Rádio Mayrink Veiga – 1951

O bonde de São Januário – Rádio Mayrink Veiga – 1953

Memórias de dois ladrões – Rádio Record  – 1952 

Mesa Quadrada – TV Tupi – 1953

Restaurante Sublime Indulgência – Rádio Nacional-RJ – 1953

Jackie, O Recruta – Rádio Tupi-RJ – 1953

As cartas de Inácio – Rádio Tupi-RJ – 1953

Rio, cidade aberta – Rádio Tupi/Tamoio-RJ – 1954

Janela Aberta – Rádio Nacional-SP – 1955

Banquete dos Astros  – Rádio Nacional-SP – 1955

Cadeira de Barbeiro – Rádio Nacional-SP – 1955

Aqui está o palco – Rádio Nacional-SP – 1955

Recruta 23 – TV Paulista – 1955

Levertimentos – Rádio Mayrink Veiga – 1957

A cidade se diverte – Rádio Mayrink Veiga – 1957

Miss Campeonato – Rádio Mayrink Veiga – 1957

Largo do Arroz – TV Paulista – 1958

Aloysio e suas garotas – TV Paulista – 1958

Miss Campeonato – TV Paulista – 1958

Godofredo – TV Paulista – 1959

Noite de Gala – TV Rio – 1959

Drops do Dia – TV Paulista – 1959

Lotação Ponto Cinco  – TV Paulista – 1959

Super Show – TV Tupi-Rio – 1959

Rio Num Te Guento – TV Rio – 1959

Alegria Sadia – Rádio Nacional-SP – 1959

Comédia, Pão e Manteiga – TV Paulista – 1960

Milhões de Napoleões – TV Paulista – 1960

Praça da alegria – TV Paulista – 1960

Humor em Grãos de Ouro – TV Paulista – 1960

São Paulo Num Te Guento – TV Paulista – 1960

O Grande Espetáculo – TV Paulista – 1960

Super Show – TV Tupi – 1960

O Riso é o limite – TV Rio – 1960

Bar do Ponto – TV Paulista – 1961

Sequência em Ri Maior – TV Paulista – 1962

Noturno em Ré Maior –  TV Paulista-SP – 1962

Cadeira de Barbeiro – TV Paulista – 1963

O Esquema é Nancy – TV Rio – 1963

A cidade se diverte – TV Excelsior – 1963

Confusão em Bang-Bang – TV Rio – 1963

Zilda Cardoso em 23 polegadas – TV Paulista – 1963

Zilda vale um show – TV Paulista – 1964

Você vale um show – TV Paulista – 1964

Show Riso – TV Excelsior – 1967

Aquela feliz cidade – TV Excelsior – 1968

Galeria – TV Excelsior – 1969

Clique no player e ouça a marchinha “Entra, Não Demora!” do carnaval de 1952 e ouça  – além de interpretação da cantora Aracy de Almeida – Aloysio Silva Araújo como Papanatas contracenando com Otávio França. 

 

 

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