Papai Sabe Nada

02 PAPAI SABE NADA

Papai Sabe Nada
TV Record – De Jul/1963 a Mar/1966

 Em 1960 estreava no Brasil uma série americana que logo tornou-se um grande sucesso: Papai Sabe Tudo.

Revista do Rádio 1960

Revista do Rádio 1960

Em 1963, na TV Record, Renato Côrte Real (1924-1982) lançava um programa juntamente com sua esposa Bisu (Tereza Ferreira Côrte Real) e seus dois filhos: Ju Côrte Real (1949-2012) e Ricardo Côrte Real. O programa, que era uma paródia do sucesso de Papai Sabe Tudo, chamou-se Papai Sabe Nada.

Revista do Rádio Jul/1963

Revista do Rádio Jul/1963

No programa, Renato era Máximo Jacarandá, dono da fábrica de chupetas Polegar; Bisu era Biloca, a esposa. Ricardo Côrte Real era Confúcio, o filho mais novo, e Ju Côrte Real era Friederreich, o filho mais velho. Participavam do elenco Adoniran Barbosa (como o Archibaldo Porpeta, o ascensorista da fábrica) e Durval de Souza (como Gerubal, do deptº pessoal). 

Revista Intervalo 1964

Revista Intervalo 1964

O sucesso da paródia foi imediato tanto em São Paulo, pela TV Record, como no Rio de de Janeiro, pela TV Rio. 

Revista do Rádio 1964

Revista do Rádio 1964

Renato era um homem de muito bom humor e sempre arrumava uma saída diante de qualquer situação. No ano de 1963, quando chegou para gravar mais um episódio de Papai Sabe Nada, ele foi surpreendido com a notícia de que a atriz que fazia a empregada simplesmente havia mandado dizer que não mais faira o programa. Renato não estressou. Olhou para a claque e ali viu uma mulher que, segundo ele, tinha uma expressão muito engraçada. Foi até ela e perguntou: “Topa ser a empregada do Papai Sabe Nada?” A mulher topou e partir daquele dia mesmo, por três anos, ela foi a empregada do programa com falas e tudo. 

Revista Intervalo 1965

Revista Intervalo 1965

Infelizmente não há registros do programa que marcou época na televisão brasileira

Ju, Bisu, Ricardo e Renato

Ju, Bisu, Ricardo e Renato

Mas é possível matar a saudade de Renato Côrte Real e Bisu no programa “Faça Humor, Não Faça Guerra”, de 1972, na TV Globo. São dois momentos: o primeiro trata de um quadro que casal fazia: um prisioneiro chamado Leopoldo, que sempre recebia a visita de Biloca, a esposa, e lhe contava uma ideia para fugir da cadeia. Só que Biloca, inocente de tudo, acabava contando o plano para Nelson, o guarda da cadeia. Invariavelmente,  Leopoldo terminava o quadro querendo pegar Biloca, mas era contido por Nelson. E Leopoldo sempre dizia: “Nérso, me deixa matar a Biloca só um pouquinho”. Já o segundo momento é uma rápida piada com o casal. Clique no player para assistir. 

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