Amândio, o eclético

Amândio Silva Filho

Nome completo: Antônio Amândio Alves da Silva Filho
25/11/1926 – Belém – PA
1993 – Rio de Janeiro – RJ

 7 Dias Na TV 1957

7 Dias Na TV 1957

“Nasci em Belém do Pará, o qual não conheço, pois de lá me tiraram aos dois anos de idade, sem meu consentimento”. Foi desta forma que Amândio escreveu em pequena autobiografia no nº 252 da revista 7 Dias Na TV, de 1957.
Amândio começou a estudar teatro no Teatro do Estudante do Rio Grande do Sul. Paralelo aos estudos conseguiu espaço como locutor na Rádio Farroupilha e como redator do Diário de Notícias, chegando, inclusive, a ser crítico de artes.
No início dos anos 50, aceitou o convite do diretor teatral Luís Tito e mudou-se para São Paulo onde foi apresentado a Júlio Gouveia, então produtor da TV Tupi. No programa infantil comandado por Vera Nunes fez sua estreia na TV, ao lado de Heleninha Silveira, Guilherme Corrêa e Lires Castelani.
No teatro, participou da companhia de Maria Della Costa e logo em seguida fez dois anos de teatro de revista, sendo um como primeira figura masculina e outro como diretor. É nesse período que forma dupla de comediantes com Dorinha Durval sempre com grande êxito.
Porém, foi na televisão que seu nome começou a despontar, conseguindo desenvolver excelentes personagens cômicos.

7 Dias Na TV - 1958

7 Dias Na TV – 1958

Na TV Tupi ele era costumeiramente convidado para integrar o elenco do TV de Comédia e diversos programas e shows da emissora. Em 1957 o jornal Folha da Noite o classifica como “o incansável criador de tipos”.
Suas atuações o levaram a receber o cobiçado Troféu Roquette Pinto como revelação do ano de 1957. Nessa época era casado com a atriz Nadir Rocha. Amândio era alto, magro e um tanto quanto pálido. Nadir era uma morena exuberante.  A disparidade do casal fazia com Amândio disse que, depois de casado, passara a ser o homem impossível. Isso porque – segundo ele – cada vez que alguém descobria com quem ele havia se casado sempre dizia: “Você? Impossível!”
Tendo passado a trabalhar com o Grupo Folclórico Brasileiro, de Barbosa Lessa, Amândio tornou-se também contratado da Barbosa Lessa Produções. Foi nesse período que alternou inúmeras participações de programas humorísticos e comédias na TV Tupi, TV Paulista e TV Excelsior.  Assim, o britânico Sandarino de Bourbon, o maestro Hi-Fi-El, o coitado do Ventura ou Vivaldino Mulherengo foram personagens que caíram com facilidade no gosto do público e dos críticos.

7 Dias na TV 1958

7 Dias na TV 1958

Folha de S. Paulo - 1960

Folha de S. Paulo – 1960

Revista do Rádio - 1962

Revista do Rádio – 1962

São Paulo na TV 1961

São Paulo na TV 1961

Diário da Noite 1964

Diário da Noite 1964

Em 1965, Amândio foi contratado pela TV Globo e logo em seu primeiro trabalho ele estourou com o personagem O Amigo do Guedes, no programa Bairro Feliz, criação da dupla Max Nunes e Haroldo Barbosa.

Amândio 1965

Intervalo 1965

Participou de vários programas da emissora como, por exemplo. A Praça Da Alegria.

Walter D'Àvila e Amândio - 1977

Walter D’Àvila e Amândio – 1977

Voltou a ter sucesso com o personagem Bigode, o amigo do jogador Coalhada, personagem de Chico Anysio, inicialmente em Chico City 

Coalhada e Bigode

Coalhada e Bigode

Em 1981, Amândio foi contratado pelo SBT, a última emissora de televisão na qual viria a trabalhar.
Durante muito tempo Amândio dividiu-se entre televisão, teatro e cinema, alternando papéis cômicos e dramáticos. Casei-me com um Xavante, Imitando o sol, O Homem Que Comprou O Mundo,  Manicure A Domicílio, Confissões Do Frei Abóbora e A Espiã Que Entrou Numa Fria são alguns de seus trabalhos na tela.

Cena do filme A Espiã Que entrou Numa Fria

Cena do filme A Espiã Que entrou Numa Fria

No teatro e teatro de revista foram inúmeros os seus sucessos: Uma Mulher Pra todas As Estações, O Canto Da Cotovia, A Cama (com tudo em cima), As Virgens da Barra e O Analista De Bagé.
Seu último trabalho em televisão foi ao lado de Castrinho, José Vasconcelos e Cláudio Correia e Castro na minissérie La Mamma, da TV Globo, em 1990, que tinha Dercy Gonçalves como protagonista.
Amândio faleceu em 1993 já completamente afastado do meio artístico. Deixou uma filha, Luciana, fruto do seu relacionamento com a artista plástica Marizalva, sua segunda esposa. Seu um neto, Lucca, não chegou a conhecê-lo.
Clique no vídeo e relembre Amândio Silva Filho em ação no episódio O Homem Do Realejo, na série Vigilante Rodoviário, em 1961.

PRINCIPAIS TRABALHOS EM HUMOR NO RÁDIO E NA TELEVISÃO:

Boa noite, senhores – Rádio Farroupilha-RS – 1952

Onde está Dona Judith – Rádio Farroupilha-RS – 1952

Benzinho e Benzoca – Rádio Farroupilha-RS – 1952

Detetives – TV Tupi – 1957

Marmelândia – TV Tupi – 1957

Show Pirani-Vigorelli – TV Tupi – !957

Os namorados da Dondoca – TV Tupi – 1958

Aventuras do Maestro Hi…Fi…El – TV Tupi – 1958

Sandarino Bourbom – TV Tupi – 1959

A Cabeçuda – TV Cultura – 1960

Vivaldino Mulherengo – TV Excelsior – 1960

Que rei sou eu? – TV Excelsior – 1961

Charada Show Pirani – TV Excelsior – 1962

Histórias para Sorrir  – TV Excelsior – 1962

Além da Diversão – TV Excelsior – 1962

Cynar Faz o Show – TV Paulista – 1962

Quando menos se espera – TV Tupi – 1963

Ah…legria Kolynos – TV Tupi – 1963

Pandegolândia – TV Tupi – 1964

Coitado do Ventura – TV Tupi – 1964

Dercy Merci Beaucoup  – TV Excelsior – 1964

Tiro e Queda – TV Tupi – 1965

E O Espetáculo Continua – TV Tupi – 1966 

Bairro feliz – TV Globo – 1966

Chico City – TV Globo – 1976

Praça da Alegria – TV Globo – 1977

Viva o Gordo – TV Globo – 1981

Chico Total – TV Globo – 1981

Alegria 81 – SBT – 1981

Alegria 82 – SBT – 1982

Feira do Riso – SBT – 1982

Show do Riso – SBT – 1983

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